(Public em DIABO nº 2424 de 16-06-2023. pág 16, por António João Soares)
No Dia do Ambiente, o título de um artigo de jornal dizia
que «Portugal diminuiu a emissão mas falhou nos resíduos». Isto deve ter sido
escrito por alguém que sabe pouco do ambiente e se limita ao politicamente correcto
e não sabe ou acha que não convém saber que o ambiente depende de reacções
climáticas decididas, automática e naturalmente, pelo grau de poluição sentida
pela atmosfera exterior onde são tomadas tais decisões. E, a esse nível da
atmosfera espacial, a poluição mais grave não é a produzida pelo fumo dos
escapes dos carros ou das chaminés, mas sim pelas radiações electromagnéticas
que, nos tempos recentes têm aumentado em quantidade incontrolável.
Os sistemas de automatismo estão exageradamente multiplicados,
O número de radares nas ruas das cidades e nas estradas cresceu de forma
assustadora; os automóveis, que não tinham radar, passaram a ter meia dúzia
para evitar choques frontais ou laterais quando fazem qualquer manobra; há
muitas portas que se abrem com a simples aproximação de uma pessoa que pretenda
passar; e os comandos à distância são inúmeros. Os telemóveis têm uma
utilização que era imprevisível atá há poucos anos e quando fazem uma chamada
emitem em todas as direcções, mesmo que o destinatário se encontre ali ao lado.
Os corredores de edifícios públicos, principalmente por razões de segurança, são
todos apoiados por sensores para variados fins de segurança, que estão em
funcionamento permanente. Tudo isto causa uma emissão incalculável de radiações
electromagnéticas que afectam as alterações climáticas. Os «sábios» que se
reúnem para combater estas alterações não costumam referir estas causas e
preocupam-se com os efeitos muito simples dos combustíveis de carbono. E nem
quero crer que seja por ignorância, mas realmente se alguém pensar em reduzir a
produção das radiações é condenada porque destrói a qualidade de vida de muitos
industriais e não será fácil manter a actividade actual sem o recurso à
informática e aos sistemas automáticos que emitem, continuamente as radiações
que são altamente poluentes da alta atmosfera, onde são geradas as alterações
que alteram o funcionamento da vida em todo o planeta.
E actualmente, com a criação da Inteligência Artificial
(I.A.), a situação ficará mais complexa.
Recordei-me do artigo publicado em 03 de Março que
terminava com o apelo para se preparar a solução para a sociedade se prevenir
procurando a melhor forma de reagir a esta evolução por com vista a garantir um
futuro mais seguro e mais vantajoso para a felicidade da humanidade. Será
conveniente procurar tecnologias mais adequadas às
actuais necessidades, sem terem de enfrentar as dificuldades que hoje ameaçam
como as alterações brutais de temperatura, ou o excesso de seca que destrói
todo o ser vegetal ou a chuva demasiado abundante com inundações que afogam
tudo o que é vida, provocam derrocadas e deslizamento de terras, com perigo
para as pessoas, principalmente as mais idosas, ou deficientes.
É imprescindível que se
procurem novas tecnologias que se apliquem à simplicidade própria do século
passado, sem nos privar das vantagens daquelas a que já estamos habituados. A
vida não pára e não podemos teimar a lutar contra as mudanças que vão ser
indispensáveis para a humanidade se manter viva e a agir para o seu
desenvolvimento com progresso. Há que evitar a eliminação da raça humana e da
vida animal e vegetal na superfície do planeta. As inovações que forem
adoptadas devem ser bem pensadas e experimentadas a fim de ser evitado o mais
grave perigo. Oxalá que haja bom senso e não sejamos destruídos pelas
alterações climáticas. A Natureza funciona com regras que o ser humano não pode
alterar e deve adaptar o seu comportamento às exigências ambientais.
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