Transcrição de artigo:
E agora?
Correio da Manhã. 17-09-2012. 1h00. Por: Luís Pires da Silva, Presidente da Associação Sindical dos Funcionários da ASAE
Ao fim de pouco mais de um ano de governo, assistiu-se à maior manifestação que há na memória recente. Depois de se ter recusado um governo PS, escolheu-se o alternativo PSD/CDS. E agora?
O histerismo na classe política é patente. Há os que tudo fazem para se manterem no poder e os que tudo fazem para irem para o poder. E aqui não se fala dos líderes mas de todos aqueles que gravitam à sua volta. E com isto chegamos a um Estado em Emergência.
Sem a regeneração da classe política, que se subjuga ao poder económico e financeiro, que tem um discurso oco que já ninguém ouve, que age confirmando o que todos pensam deles, não é possível restabelecer a confiança dos cidadãos. E isto é um facto.
Esta manifestação foi mais uma forma de mostrar indignação contra a classe política. Alguma elite política sussurra que isto passa, que é um escape para as pessoas e que depois estas voltam para "as suas vidinhas".
Desenganem-se os que assim pensam. Não existe neste momento nenhuma classe profissional, incluindo aqueles que teoricamente os protegem, que não diga que está farta. Se nada for feito, a escalada de protesto aumentará certamente.
Imagem de arquivo
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Estado em Emergência
Publicada por A. João Soares à(s) 10:35
Etiquetas: governar, sentido de Estado, sentido de responsabilidade, verdade
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