Consta que o desemprego na Europa tem crescido de forma imprevista, chegando em Espanha ao valor recorde de 24,4 por cento e Vítor Constâncio, vice-governador do BCE, lamenta que ainda não se perceba a 100 por cento a razão para um tão rápido crescimento.
Perceber qualquer coisa a 100 por cento é praticamente impossível, pois os cientistas de vários ramos descobrem com frequência novas teorias que corrigem as anteriores, e continuam a investigar para se aproximar mais da verdade total. Na economia, a incapacidade de compreender tem sido muito notória, todos agora dizem que a crise era previsível há anos, mas nenhum a explicou ao ponto de serem aplicadas as necessárias medidas preventivas, nem, depois de ela ter eclodido, conseguiram minorar os efeitos e, agora, nem sequer conseguem compreender as razões dos factos reais.
Do muito que se tem escrito a tónica tem sido culpar a exagerada austeridade que retira o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham, e que agora têm que consumir menos, donde resulta menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois a redução das vendas provoca a redução da produção e muitas indústrias, à falta de procura fecham. De tudo isto resulta despedimentos e desemprego.
Para um leigo isto é claro, mas parece que para aqueles que dentro de gabinetes se entretêm com os «modelos matemáticos» a que se referiu a professora Maria da Conceição Tavares, não basta tal explicação e sua elaboração e precisam que chegue aos seus gabinetes de paredes opacas e ar condicionado 100 por cento de certezas sobre a realidade que teimam em desprezar.
Como compreender que não percebam as razões da sua incapacidade para interpretar as realidades? Aquela professora dá um lamiré.
Imagem de arquivo
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Vítor Constâncio a incapacidade dos economistas
Publicada por A. João Soares à(s) 18:53
Etiquetas: desemprego, economia, modelos matemáticos
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1 comentário:
Será para rir? Mas, Vitor Constâncio, já demonstrou bem as suas qualidades e capacidades cognitivas de economista, ao serviço do Banco de Portugal!
Deveria ter vergonha e nem abrir a boca, qualquer leigo, com conhecimentos básicos, percebe o que tão proclamado economista, não percebe!
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