Conta-se que, numa Unidade do Exército, durante a recruta, foi recebida a notícia de que, num acidente morreu o pai de um soldado. O Comandante da Companhia achou que a notícia devia ser dada ao rapaz de forma a que ele não ficasse demasiado abalado pela perda do seu progenitor. O Chefe da secretaria logo alvitrou que fosse o 2º sargento Alface encarregado dessa missão, por ser indivíduo com muita habilidade para casos deste género.
O Alface aproveitou a formatura para dizer ao 43 «Eh pá na tua terra houve um grande desastre e morreu toda a tua família». Perante o choro convulsivo do 43, o Alface disse: «Eh pá, alegra-te porque apenas morreu o teu pai».
Isto pode ter sido piada a hostilizar os sargentos mas, na realidade actual, há casos parecidos. O Governo anunciou que vai tirar os subsídios de férias e de Natal a todos (com «honrosas» excepções), prevendo que iriam ser repostos gradualmente a partir de 2013, depois 2014, depois 2015. Agora esperam repor 25% em 2015, mais 25% em 2016, mais 25% em 2017 mais 25% em 2018.
Esta é pior do que a do sargento. Se o ministro das Finanças confessa que ficou surpreendido com a recente subida do desemprego, que foi muito superior ao que ele previa, como podemos confiar nas suas previsões para nos repor os subsídios de férias e de Natal daqui a meia dúzia de anos!!!
Seria bom que o respeito pelos cidadãos inibisse os governantes de menosprezarem as nossas inteligências, apesar de tudo vir a ser feito para elas serem cada vez mais atrofiadas (fado, futebol e fantasias).
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
Amenizar as más notícias
Publicada por A. João Soares à(s) 17:50
Etiquetas: Democracia, respeito, verdade
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3 comentários:
Eis algumas frases de Francisco Louçã na notícia, do Jornal de Notícias de hoje Louçã diz que previsão de subsídios em 2018 é "burla" política, económica e financeira:
"É uma enorme burla política e uma enorme burla económica e financeira porque ninguém pode saber o que acontece sete anos depois de terem sido tirados estes subsídios"…
"O Governo garante que no último ano antes das eleições do próximo mandato do próximo governo talvez devolva aos portugueses o que no dia 1 de abril de 2011 era um disparate o subsídio de Natal que nunca seria tiraria a ninguém"…
"Todos os dias estão a ser tomadas medidas de austeridade e todos os dias o Governo diz que não estão a ser tomadas novas medidas de austeridade. Esta semana vai ser votada a simplificação dos despedimentos e a redução do apoio aos desempregados, a semana passa a ministra do CDS [Assunção Cristas] anunciou uma nova taxa para ser paga pelos consumidores que fazem compras nas grandes superfícies"…
"Governo anunciou que no próximo ano o Estado vai reduzir a conta do Estado, com aumento de impostos ou com corte de despesa, já sabemos onde, em mais de três mil milhões de euros"…
"Não se pode ver onde é que isso pode acontecer, depois de tanto ataque aos salários, tanto aumento do preço dos transportes, do gás, da eletricidade, do aumento das taxas moderadoras, do aumento das propinas. O Governo provou hoje que tem contas que são contas de fantasia, para uma economia que vive cada vez pior, para um país que não consegue respirar"…
Mais complicações no dia do trabalhador, falam em acabar com os feriados, as grandes s. já decidiram quem manda. se como afirma as más noticias são semanais estes grandes empresários da treta vão querer que sejam diárias, não descansam enquanto não se trabalhar os trinta e um dias de cada mês, os que forem mais pequenos, teremos que trabalhar as vinte e quatro horas de meia duzia de dias para compensar a perda.
Nós povo somos os culpados levamos lá o nosso dinheiro enquanto eles espremem trabalhadores e fornecedores...
somos um povo manso, somos um povo de otários.
Caro campista selvagem,
Além de sermos um povo de brandos costumes, estamos minados por vícios e defeitos graves, que se acentuaram nas últimas quatro décadas. Os maus exemplos vêm de cima. Cada um pensa em ganhar o mais possível sem ter consciência de que deve merecer aquilo que ganha com produtividade, bom desempenho, dedicação à execução das tarefas. Depois, deve saber gerir os seus recursos, não desperdiçando tempo, dinheiro e energias, mas isso não é ensinado às crianças logo de pequeninas. Gasta-se mais do que se pode, na esperança do milagre dos pães. Procura-se bons empregos por cunhas (corrupção) e compadrio numa confusa troca de favores em que o serviço público, o Estado, sai sempre prejudicado. Quando se fala em emprego tem-se em mente o que se vai ganhar e não aquilo que se vai fazer. O trabalho não é devidamente respeitado, mesmo pelos empregadores, que não o avaliam correctamente e depois não o remuneram com justiça, conforme a eficiência das tarefas.
Como não se premeia o melhor, todos ficam satisfeitos em cumprir horários, fazendo o menos possível, sem preocupações de perfeição.
Isto começa por cima, pelo topo da política, no dia em que um jovem decide seguir tal seita.
Faltam análises sociológicas credíveis porque ninguém tem coragem de relatar seriamente as realidades para não desagradar aos poderosos, desde governantes a grande empresários e sindicatos.
Somos um país de faz-de-conta, à beira do colapso final. A não ser que surja um Governo patriótico, sério, que não esteja a mentir para ganhar as próximas eleições.
Abraço
João
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