Alienar património é sempre uma decisão difícil quer no sector privado quer no sector público, exigindo por isso séria reflexão, pensar antes de decidir, e provavelmente foi isso que o Governo fez antes de chamar António Borges para privatizar mais depressa.
Depois de observado o seu currículo ligado ao mais alto poder financeiro internacional surgem dúvidas acerca das intenções que poderão estar por detrás da cortina. Irá ser um defensor dos pontos de vista dos interesses nacionais junto da Troika ou será pressionado pelos tais poderes ocultos a desempenhar o papel de representante dos «superiores» interesses da alta finança mundial e ultraliberal, para impor a Portugal os desejos do Goldman Sachs, e das instituições que se diz serem por ele dominadas – FMI, BM, OMC, BCE, etc ? A solução relâmpago como saiu e foi substituído no FMI, e este aparecimento em funções vitais para o futuro de Portugal, tenta-nos a olhar com atenção e imaginar comparações com a imposição de outros seus ex-colegas de altas instituições financeiras internacionais para chefias não eleitas de Governo na Grécia (Lucas Papademos) e em Itália (Mario Monti), bem como na Presidência do BCE (Mário Draghi).
Esta entrada num novo cargo da estrutura governativa, pensando nas referidas ingerências nos governos de Itália e Grécia e na Presidência di BCE, faz temer que possa existir a intenção de ir substituir, a breve prazo, o ministro das Finanças ou mesmo o Primeiro–ministro se a sua actuação não agradar totalmente ao Goldman Sachs.
Há que aguardar atentamente os indícios que irão surgir a partir de agora. O futuro de Portugal não nos pode deixar indiferentes.
Imagem do Google
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