A notícia Governo decidiu venda do BPN sem parecer exigido por lei é inacreditável. Numa situação de crise como a que estamos a atravessar, impede que se perca um projéctil, que se falhe um gesto, que se desperdicem recursos. Era suposto que o Governo estivesse bem consciente de que são interditos erros, pois as nomeações que levantaram polémica levaram a pensar que tivessem sido chamados os mais capazes para uma defesa dos interesses nacionais mais eficaz e sem falhas. A quantidade de assessores, consultores e ouros «boys» bem conceituados pelas respectivas tutelas, faria supor um desempenho liberto de mácula.
No entanto, surge esta notícia preocupante que nos levanta a dúvida se alguém sabe exactamente quais são as suas atribuições e até onde vão os seus poderes?
E, desta forma, o nosso património é desbaratado por meros caprichos, sem fundamento legal. E confirma-se a imunidade e a impunidade, ignorando-se os bons exemplos que chegam de países mais evoluídos e com mais civismo, como é o caso da Islândia.
Imagem de arquivo
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Governo errou na venda do BPN !!!
Publicada por A. João Soares à(s) 15:25
Etiquetas: sentido de Estado, sentido de responsabilidade
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2 comentários:
O caso da Islândia é um bom exemplo a ter em conta; bom demais. Por isso não admira que a maioria da nossa imprensa, por razões que os seus mecenas muito bem conhecem, ignore o desassombro dos islandeses que reduziram os cleptocratas à sua verdadeira dimensão e os trataram como tal: a de ladrões e inimigos do país, da democracia e do povo!...
Depois da referência do ANÓNIMO ao caso Islandês, parece adequado colocar aqui a notícia:
Islândia triplicará seu crescimento em 2012 após a prisão de políticos e banqueiros
Escritor:Bateia
Transcrito do blogue Bitcoin Revolution, 17-12-2011
A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Puniu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão. Começou a redigir uma nova Constituição feita pelo povo e para o povo. E hoje, graças à mobilização, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.
É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Europa pelo temor de que muitos a percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação, o que começou sendo crise se converteu em oportunidade. Uma oportunidade que os movimentos ao redor do planeta observaram com atenção e estabeleceram como um modelo realista a seguir.
Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos atuais.
Sobretudo depois de saber que segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechará 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência ao crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. Os analistas asseveram que a economia islandesa segue mostrando sintomas de desequilíbrio. E que a incerteza segue presente nos mercados.
Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.
Este pequeno país do periférico ártico recusou salvar os bancos.
Os deixou cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado certos descalabros e desmandes financeiros. Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de transcender parte dos resultados que todo o movimento social conseguiu, pouco foi falado do esforço que este povo realizou.
Dos limites que alcançaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por se resolver.
Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar à mercê do que se decida em despachos distantes da realidade do povo.
A revolta islandesa não causou outras vítimas que os políticos e os homens de finanças costumam divulgar. Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa “Primavera Árabe”. Nem sequer teve rastro na mídia, pois os meios de comunicação passaram por cima na ponta dos pés. Mesmo assim, conseguiram seus objetivos de forma limpa e exemplar.
Hoje, seu caso bem pode ser um caminho ilustrativo para os indignados espanhóis, o movimentos Occupy Wall Street e daqueles que exigem justiça social e justiça econômica em todo o mundo.
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