quinta-feira, 12 de março de 2009

Comer peixe dá inteligência

Há dias, em resposta a um comentário deixei a ideia de que «o que se come e o que se pensa são dois poderosos factores da nossa saúde física e mental. A higiene física e mental é um assunto a não descurar». Agora esta notícia do JN vem mostrar que essa relação é muito mais intensa do que normalmente se pensa. Já sabido que o peixe é preferível à carne para evitar o colesterol em excesso. Também era do conhecimento geral que o peixe tem fósforo e este é benéfico para o cérebro. Agora com este estudo ficamos a saber que os jovens reforçam o seu QI (quociente de inteligência) e que os idosos retardam o aparecimento do Alzheimer com o consumo de peixe. Pela minha parte, nada vou alterar porque, há vários anos, sou um consumidor convicto deste alimento que prefiro sempre que me é possível optar.

Eis a notícia:

O consumo de peixe torna as pessoas mais inteligentes, sustenta um estudo sueco, que estabelece uma ligação entre adolescentes com um quociente de inteligência (QI) mais elevado e o facto de comerem peixe em quantidade suficiente.

"Descobrimos uma relação clara entre o facto de se comer frequentemente peixe e resultados (de QI de adolescentes) elevados", comentou, em comunicado, Kjell Torén, que conduziu o estudo para o Hospital Universitário Sahlgrenska de Gotemburgo.

O estudo analisou os valores do QI, as capacidades de expressão e de orientação espacial de 3.972 suecos de 15 anos, em 2000, depois três anos mais tarde durante a inspecção para o serviço militar.

Os rapazes de 15 anos, que comiam peixe pelo menos uma vez por semana, tinham um resultado em média sete por cento mais elevado durante o teste de QI três anos depois, enquanto os que comiam mais de uma vez por semana tinham um resultado 12 por cento mais elevado que a média, segundo os resultados do estudo.

Há uma correlação clara entre o consumo regular de peixe aos 15 anos e melhores possibilidades intelectuais aos 18", conclui Maria Aaberg, co-autora do inquérito, citada no comunicado.
Em termos de capacidades de expressão, os jovens de 18 anos que comiam peixe uma vez por semana tinham resultados quatro por cento melhores, e nove por cento melhores quando comiam peixe mais de uma vez por semana.

Quanto à percepção espacial, os números foram de sete e 11 por cento respectivamente.
O peixe é uma fonte de ómega-3, ácido gordo cuja importância para o desenvolvimento e o funcionamento cerebrais foi demonstrado.

Vários estudos mostraram também que comer peixe durante a gravidez favorecia o desenvolvimento intelectual do feto ou que o consumo do peixe atrasava o declínio neuronal entre as pessoas idosas.

"Sabíamos já que o peixe tinha um efeito nos cérebros dos recém-nascidos e das pessoas idosas, mas constatamos agora que isso tem um efeito sobre os cérebros sãos das crianças", declarou Aaberg.

2 comentários:

Fenix disse...

Muito interessante!
Não conhecia este estudo, mas como acredito na bondade do equilíbrio de tudo, inclusivé da alimentação, desde há muitos anos que faço uma refeição diária de peixe e uma de carne.
Em termos de gosto até prefiro a carne, mas desde que sou eu a decidir das minhas refeições que me auto-imponho uma alimentação equilibrada. Especialmente desde que fiquei grávida e depois para alimentar a minha filha, tenho particular cuidado. Também com a inclusão de vegetais e frutos(coloridos de preferência) e tudo com grande frescura.

Parabéns pela publicação!

Abraço
São

A. João Soares disse...

Cara Fénix,
Isso que me conta é prova de grande sensatez. O maior mal é a fixação num alimento e não variar.
Não há formosa sem senão. Não há alimentos totalmente bons, pois depende dos produtos com que sejam acompanhados, das quantidades, etc. Em excesso todos os produtos são tóxicos. O melhor conselho que ouvi diz que devem variar-se os venenos!
Um abraço
João Soares