terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

A UE PRECISA REVER A SUA ESTRATÉGIA

O ambiente que envolve a Europa torna indispensável a revisão da sua estratégia para poder tomar as decisões de pormenor a que vai ser obrigada no futuro próximo. Terá que fazer face a situações novas e ainda não, totalmente, previsíveis. A União Europeia foi instituída em 1993 pelo tratado de Maastritch, tendo a sua origem na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço constituída em 1957, seguida pela Comunidade Económica Europeia, constituída por seis países, e foi aumentando a sua área geográfica com a adesão de novos Estados membros, ao mesmo tempo que dilatava a sua área de influência com novas competências políticas. A sua localização no centro do Ocidente e debruçada sobre o Oceano Atlântico cria-lhe uma posição de valor considerável, ao nível das principais potências mundiais, tendo tido, por exemplo, um papel importante na Guerra Fria que decorreu após a II Guerra Mundial e que constituiu um factor muito importante para o início de uma convivência internacional dialogante que se tem desenvolvido, apesar de alguns pequenos conflitos com o envolvimento com uma ou outra das grandes potências. Actualmente, tem vindo a sentir à volta da sua área geográfica e em algumas das suas regiões mais periféricas sinais de instabilidade e de tendência para indesejáveis violências, como no caso do actual conflito entre a Rússia e a Ucrânia. É oportuno que recorde a vocação pacifista que lhe deu origem e que desenvolva o esforço necessário para reforçar a sua vocação de apoio e cooperação aos povos que estejam a necessitar de mediação para evitar actos de violência e para procura de soluções pacíficas através do diálogo bilateral, com ou sem intermediários e de negociações cooperantes. De momento, as atenções estão focadas na situação no conflito Rússia-Ucrânia e, por estar na proximidade, o conflito entre Israel e Palestina onde, nos últimos anos, se desenvolveu uma apetência conflituosa que ainda não foi constituída uma organização política eficaz para gerir a vida social e a economia. E note-se que alguns aspectos económicos merecem uma boa concentração de esforços para haver uma a boa gestão em benefício dos Estados envolvidos. Nestes países que agora precisam de ajuda, é oportuno que alguém, com prestígio, experiência e sensatez, lhes diga: pensem bem no destino do vosso país e na forma de enriquecer e melhorar a qualidade de vida dos vossos cidadãos. Um conflito mesmo de pequena dimensão, faz gastar as vossas riquezas, enfraquecer as vossas economias, destruir muitas vidas inocentes e desgastar o amor que os vossos jovens devem alimentar ao país e ao futuro de cada um deles. Uma nação deve funcionar como uma equipa desportiva, sempre com o olhar no objectivo comum que devem querer conquistar com conjugação de esforços coerentes e unidos. A dispersão de esforços e de intenções gera divisões, raivas e ódios que não resultam nada de bom Mas a importância da UE não deve confinar-se ao seu território nem aos seus vizinhos. O seu prestígio torna-a desejada em locais mais distantes. Por exemplo, o Fórum Euro-África surgiu com a intenção de aproximar os dois continentes. A EU deve intervir para facilitar o bom relacionamento entre a Turquia e os Estados que com ela partilham o mar entre a Europa e a Ásia também foi positiva a posição da UE no amaciamento das relações dos EUA com a China e com o Irão, evitando as ameaças de acções militares que agravam os desentendimentos, mesmo que pequenos. Mas para a UE desenvolver a sua estratégia, precisa de estar segura de que ela corresponde aos interesses de todos os seus Estados-membros, ouvindo não apenas os seus líderes mas, principalmente, personalidades sensatas e bem preparadas que conheçam e amem o seu país e os seus concidadãos.

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