sexta-feira, 21 de agosto de 2020

UMA OPINIÃO LÓGICA E COERENTE

UMA OPINIÃO FORA DO CAIXOTE
20.08.20 do blog irritado, recebida por email

O maior acto radicalmente racista da nossa história viveu-se por efeito da nossa maior vergonha: a descolonização, dita “exemplar”. Quase um milhão de portugueses brancos, gente de honra e de trabalho (depois de exilados viriam, mais uma vez, a prová-lo), foi arrancado à sua vida pelo MPLA e quejandos, com o apoio criminoso e cobarde das autoridades portuguesas, civis e militares.

Mortos ou expulsos os portugueses brancos, os novos donos do poder dedicaram-se a matar-se uns aos outros. Há mais de 40 anos nenhum dos povos “libertados” (à excepção de Cabo Verde, que nem fez guerra nem virou marxista) encontrou segurança ou progresso. Mais de quarenta anos de guerra, de golpes, de tirania, de assassínios políticos, tudo sem fim à vista. Morreu mais gente a tiro no primeiro ano de “liberdade” do que em 13 anos de “guerra colonial”. E muito mais depois disso.

Em face dos “ventos da história”, o abandono do poder em África era uma inevitabilidade. É verdade. O Estado Novo não deu por isso, manteve-se, teimoso, burro e incapaz. É verdade. Nada disto justifica que a explosão de racismo nas colónias não tenha ainda merecido qualquer julgamento histórico. Em vez disso, continuamos, felizes e contentes, a celebrar os promotores nacionais do racismo.

A benefício do “que está a dar”, lançou-se uma campanha desmesurada, ou acrítica, de revisão histórica e sociológica sem quaisquer barreiras, seja a barreira da verdade, seja a do bom senso, da justiça, e de um mínimo de honestidade intelectual. A cortina de ferro do racismo, feita de informação - ou servil ou fabricada -, de propagandistas desvairados, da cegueira de uns e da intencionalidade de outros, instalou-se. É certo que há muitos africanos a viver em condições indignas (também os há de pele branca), mas todos têm protecção jurídica e social, mercê de uma comunidade que não distingue pela cor da pele, antes se movimenta e mobiliza para atender aos mais fracos. Cerca de 50% da assistência é prestada por movimentos comunitários, mormente de inspiração católica. Não chega, dir-se-á. Mas só o emprego, a já existente ausência de descriminação educacional, o progresso económico, poderão vir, a médio/longo prazo, a ser um verdadeiro elevador social.

Os abusos de umas dúzias de “supremacistas brancos", cretinos, violentos e acéfalos, que cedem às provocações dos racistas negros, ou rejubilam com elas, não passam de excepções que confirmam a regra, e merecem a perseguição criminal que está em curso.

Entretanto, o verdeiro racismo, impulsionado por activistas africanos e pelo Bloco de Esquerda, fará o seu caminho, com o beneplácito dos media e a cobarde e irresponsável apatia dos políticos.

Até quando? 20.8.20

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