Os portugueses estão a atravessar uma crise que se tem agravado por o governo, à procura de solução, ter continuamente apertado a corda na garganta das pessoas mais carenciadas e afastadas dos círculos queridos dos governantes com medidas de austeridade sucessivamente agravadas.
O título seguinte - Seguro diz que PS já se sentiu mais vinculado ao memorando da troika - faz-nos pensar que a troika não é órgão de soberania. O Governo proveniente de eleições democráticas é que é órgão de soberania e responsável por tomar as decisões mais convenientes ao bem-estar de todos os portugueses. E, como tal, não deve sentir-se obrigado a submeter-se cegamente a imposições de estranhos, embora, deva receber racionalmente, e com espírito crítico, as sugestões e os conselhos que achar benéficos para Portugal. Nenhum contrato é para funcionar eternamente e deve ser avaliado, a par-e-passo, quanto à sua validade com base nos resultados conseguidos em relação aos efeitos pretendidos. Uma solução considerada óptima há um ano pode, hoje, estar ultrapassada e necessitar de ser revista e alterada mais ou menos profundamente.
A responsabilidade de governar traduz-se na necessidade de contínuas decisões para manter a linha estratégica que conduz ao objectivo previsto. Compara-se à condução de um automóvel em que o volante está continuamente a ser accionado para se mantar na estrada nas melhores condições de segurança e tendo sempre em vista o destino da viagem.
Enfim, as sugestões ou os conselhos da troika não tiram ao governo a responsabilidade dos resultados das medidas que implementa.
Imagem de arquivo
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Troika não é órgão de soberania
Publicada por A. João Soares à(s) 10:45
Etiquetas: Democracia, governar, sentido de Estado
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2 comentários:
A troika é um órgão de soberania. Toda a gente sabe que quem tem o dinheiro é que manda. Veja-se as campanhas para as presidências americanas, sabia-se que Oh!bama venceria porque o dinheiro foi canalizado para ele, tal como está a suceder agora.
Caro Taxi,
A troika tem esse poder e está ao serviço de um pequeno grupo de poderosos mundiais que pretendem estabelecer uma ditadura mundial em que esses poucos controlam todos os humanos «chipados» que até para respirar são monitorizados. E se um dia os escravos cruzarem os braços e deixarem de produzir bens para esses enriquecerem? É um suicídio? Mas «vale mais a morte do que má sorte» e isso obriga o sistema a mudar os seus procedimentos.
Repare que os talibãs continuam a resistir apesar da poderosa força internacional estar há décadas a tentar dominá-los. Como será o futuro da humanidade???
Abraço
joão
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