Transcrição de artigo seguida de NOTA:
Progressismo
Destak. 17 | 03 | 2011 20.52H. Por J.L. Pio Abreu
No tempo em que lutávamos contra a ditadura, as forças de esquerda também se chamavam progressistas. Acreditava-se então que o progresso traria a democracia, que o desenvolvimento científico e tecnológico seria colocado ao serviço dos humanos, que o desenvolvimento económico faria os povos mais livres e cultos, e que estes tenderiam a organizar-se no respeito pelos seus semelhantes e pela própria natureza.
Não tínhamos previsto que tudo evoluísse muito mais depressa do que a capacidade de adaptação humana. Que os humanos ficassem limitados pelas suas línguas e culturas, enquanto a globalização criaria um conjunto de líderes mundiais apenas preocupados com o seu proveito. Nos mercados, com a sua especulação, na destruição da natureza que tentavam transformar, no imediatismo da procura de energia barata.
A submissão da política aos mercados financeiros globais, a criação de maiores assimetrias, as ditaduras feitas pela posse dos bens estratégicos, a revolta dos povos e as guerras civis, os desastres ecológicos e a explosão das centrais nucleares são hoje a consequência desse progresso de tal modo acelerado que não teve tempo de ser pensado.
O mundo está trágico e caótico, apelando a que este progresso pare um pouco. Chegou-se ao fundo dos átomos e dos genes, mas aqueles que os manejam não ultrapassaram ainda a vivência tribal. Neste estado, o único progresso que faz sentido é o da fraternidade humana. Da cultura, do amor, da compaixão.
NOTA: O desenvolvimento rápido das tecnologias originou o consumismo, a ostenmtaçãi da novidade, da moda, o materialismo egoísta, o afastamento de valores cívicos, de respeito pelo outro, de solidariedade. E, por isso, hoje o homem está moralmente mais recuado do que na era do paleolítico, chegando a deixar de merecer o adjectivo de racional para dever aprender muitos exemplos dados pelos animais ditos «irracionais», que mantêm os laços de família de manada, de adaptação ao meio ambiente, sem o degradarem inutilmente.
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sábado, 19 de março de 2011
Progressismo um mal actual
Publicada por A. João Soares à(s) 12:12
Etiquetas: evolução, modernidade
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