O fabuloso sistema anti-enchentes de Tóquio, a maior cidade do mundo
Nos subterrâneos de Tóquio, túneis gigantes do porte de catedrais.
Esta imagem, tal como o pequeno texto a seguir foi obtido da revista Veja, para vermos que as recentes inundações ocorridas em Lisboa podem ser evitadas.
Publicado originalmente em 14 de março de 2011
Apesar de duramente castigado pelo pavoroso terremoto seguido de tsunami na semana passada, o Japão — reconhecem todos os especialistas — é talvez o país mais preparado do mundo para esse tipo de desastres naturais.
Não é de estranhar, assim, o extraordinário esquema anti-enchentes que os japoneses construíram em Tóquio, sua capital e o maior conglomerado urbano do mundo. A grande metrópole dispõe de nada menos do que 15,7 mil quilómetros de canalização subterrânea para esgotos e águas pluviais — você leu correctamente, são 15,7 MIL quilómetros –, que constituem o maior sistema de esgotos urbanos do mundo.
E, entre 1992 e 2014, a um custo de 2 bilhões de dólares, ergueu um fabuloso sistema de 6,3 quilómetros de túneis gigantescos, a 50 metros abaixo do solo, alguns com 80 metros de altura, para colectar água de chuva nos pontos mais críticos, o chamado Tokyo Amesh.
O esquema é sofisticado a ponto de separar a água do começo de uma chuva, muito poluída, da água mais limpa que vem depois, e é aproveitável depois de tratada.
As grandes estruturas, de dimensões de catedrais, têm linhas futuristas e impressionantes, conforme você pode constatar na imagem (o vídeo foi retirado pela origem devido a reclamações de direito de autor) que ilustra este post. Tóquio, apesar de suas dimensões colossais, não sofre qualquer problema de enchentes.
2 comentários:
Em Portugal, com um clima menos agreste que o do Japão, as obras para o escoamento da chuva não precisam ter uma dimensão tão monumental. Será suficiente, em cada rua, um túnel com pouco mais de 2,5m de altura por forma a permitir o movimento de técnicos e de pequenas máquinas para a manutenção.
Nas paredes desse túnel, junto ao cimo, deverá haver uma calha para suporte de tubos para abastecimento de água potável, e de gás para uso doméstico, e de cabos de electricidade, de telecomunicações, etc, a fim de evitar o incómodo actual das frequentes valas e buracos nos passeios para a reparação e manutenção de tais equipamentos e o triste espectáculo aéreo de feixes de cabos desordenados e inestéticos como se vê aqui
Imagens das inundações em Lisboa em 141012
Enviar um comentário