Ana Manso ex-deputada do PSD e presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, requereu, a 28 de dezembro de 2011 (15 dias depois de ter tomado posse), a transferência do marido (Francisco Manso) da ULS de Castelo Branco para Guarda e, logo depois de a cedência ter sido aprovada pelo Ministério da Saúde, nomeou-o para auditor interno das contas do organismo a que preside.
Ana Manso, na quinta-feira, 9 de Março de 2012, emitiu uma circular interna, onde dá conhecimento da nomeação do administrado hospitalar Francisco Pires Manso, para as funções de auditor interno da ULS/Guarda, por despacho do conselho de administração datado do dia anterior. No dia seguinte o caso foi divulgado por ter sido considerado escandaloso pelo PS.
Curiosamente, não se trata de caso único na estrutura da saúde, pois o médico José Manuel Ramos, cinco meses depois de ter tomado posse, como presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), criou no hospital que dirige «um gabinete de produção», onde colocou a filha, o genro e um amigo, Pedro Xavier, da concelhia do PSD. Este presidente deu-se ao requinte de criar um organismo específico para dar salário a familiares e amigo.
Poerá haver mais casos deste género mas, felizmente, a notícia mais recente mostra que o ministro da Saúde não está virado para dar cobertura a estas explorações do dinheiro público para benefício do amiguismo e Ana Manso despede o marido para evitar a sua própria demissão. Mas não deixaram de passar 5 meses desde a denúncia do PS.
É preciso não hesitar em denunciar o que está errado, pois como dizia o pensador «o que me preocupa não é o grito dos maus! É o silêncio dos bons.»
Imagem do Google
sábado, 25 de agosto de 2012
Tachos em família
Publicada por A. João Soares à(s) 11:37
Etiquetas: Democracia, dinheiro público, sentido de Estado, sentido de responsabilidade
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5 comentários:
Isto em Portugal já nem tem nome caro João.
Já não vale a pena dizer que é o socialismo, o liberalismo ou outro "ismo", é uma pura falta de valores.
Abraço
Caro André Miguel,
É realmente uma TOTAL ausência de valores. Nem os valores mais básicos são respeitados. Nestes dois casos, como em muitos outros, os «responsáveis» não procuram olhar seriamente para o património alheio, o património nacional, de todos nós, e consideram que eles próprios são donos de tudo onde puderem deitar a mão e repartem os benefícios pelos seus familiares, amigos, cúmplices e coniventes.
Não procuram conseguir que o serviço seja o mais eficiente possível e com os menores custos para benefício dos beneficiários ou clientes, parecendo que apenas pensam em se servir. Usam uma técnica de bando mas da pior qualidade. Têm muito que aprender com os bandos de animais selvagens.
E perante isto o povo fica calado e quem reclama é criticado Não seguem o pensamento:
O que me preocupa não é o grito dos maus! É o silêncio dos bons. Ou este outro:
Se lutares, podes perder; se não lutares, estás perdido!.
Já não viverei muitos anos e receio ainda ver o total descalabro daquele que foi um Estado grande na Europa. mas tenho a certeza de que os compatriotas mais jovens irão ter um futuro terrível. Não vejo da parte dos responsáveis pelo país a mínima preocupação em preparar os portugueses para um futuro melhor.
O futuro depende de todos nós e ninguém tem o direito de ficar sentado à espera que sejam os outros a fazer a recuperação dos escombros e lhes levar a obra concluída. Mas não vemos nenhum «sábio» dizer como cada um deve actuar. Todos dizem loas mas ninguém dá directivas concretas, nas mínimas coisas.
Lamentam os acidentes rodoviários que ceifam inúmeras vidas e destroem património, mas limitam-se a aumentar as multas, em vez de irem à origem, à falta de respeito pelos outros quer companheiros do próprio carro quer dos outros condutores. Muitos automobilistas pensam como os políticos: isto é meu faço como me apetece e não tenho que pensar nos outros. Já reparou que o condutor culpado de um acidente em que há mortos não é julgado por homicídio, mesmo que qualificado de involuntário ou por negligência?
Quem são os inteligentes que fazem, aprovam e promulgam as leis?
Muito se pode dizer, mas o essencial é as pessoas pensarem a sério na vida e nos condicionamentos que os cercam.
Respeitem os outros como querem que os respeitem. Não façam aos outros o que não querem que lhes façam.
Abraço e Bom Domingo
João
Parece que os casos deste tipo são em quantidade preocupante. Ver a notícia seguinte:
Médicos denunciam à "troika" nomeações partidárias para agrupamentos de saúde
AMIGO, a AUSÊNCIA de VALORES e da HONRA, são intrínsecos a estes “senhores” que DESgovernam o País e o Planeta. :’(
O amigo e HOMEM João viverá SEMPRE no interior de quem o viu “A NÃO SILENCIAR”, independentemente dos anos que ainda viva neste agora.
( Pessoalmente desejo que sejam TODOS os que o seu SER desejar ).
Um abraço LIVRE, de LIBERDADE e com HONRA.
Simplesmente o Zé
http://jose-pires-um-ser-livre.blogspot.pt/
Caro José Pires,
Cabe a cada um de nós, fazer tudo o que puder para bem de Portugal. Transcrevo algumas frases de pensadores que merecem ser lidos:
Se lutares, podes perder; se não lutares, estás perdido!
É preciso não temer arriscar, pois, quando um barco avança, ele equilibra-se.
Ditado chinês
Para o triunfo do mal basta que os bons não façam nada.
Edmund Burke (16-01-1729 – 09-07-1797)
Entre um governo que faz o mal e o povo que o consente há uma certa cumplicidade vergonhosa.
Vítor Hugo (22-02-1802 - 22-05-1885)
O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior.
Platão (428-347 A.C.)
Abraço
João
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