Há dias, a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR) afirmou, em Coimbra, que Portugal é o país da Europa que recebe menos refugiados e pedidos de asilo. Embora isto possa ser em parte explicado pela situação geográfica do país, no extremo da Europa, não deixarão de ter significado as difíceis condições de vida no País que estão a originar aumento da emigração.
Existem cerca de 10 milhões de refugiados em todo o mundo, tendo, em 2007, a Espanha recebido 12.500 e a Alemanha 350 mil, enquanto Portugal teve apenas 200 pedidos dos quais devem ter sido admitidos menos de 150.
Isto representa um atestado mundial da imagem que lá fora se tem de Portugal e que leva os infelizes que estão com vontade de deixar os seus países a pensarem que «mal por mal» mais vale continuar nas suas terras do que vir passar pior num País estranho de estranhas gentes.
Esta visão da situação que constitui um diploma internacional pouco elogioso, condiz com as notícias que chegam com frequência de que os jovens com mais valor e melhores resultados nos estudos estão a emigrar para a Grã-Bretanha e os Estados Unidos para acabarem as suas formaturas e com a intenção de por lá continuarem até que melhores perspectivas surjam por cá.
Vão longe os tempos em que Portugal era um País em destaque no Mundo como promotor dos descobrimentos e como iniciador da globalização, colocando todo o mundo em contacto íntimo e com uma interacção cultural e económica que teve efeitos durante muitos séculos. Agora, tudo é diferente e, o mais grave, é que não se vislumbram sinais seguros de recuperação da crise em que caímos nos últimos pares de anos.
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