sexta-feira, 29 de abril de 2022

A VIDA EXIGE INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE

(Public em DIABO nº 2365 de 29-04-2022, pág 16. Por António João Soares)

Sem a preocupação de ser escolhida a melhor solução para cada situação que surja e se, pelo contrário, for dada demasiada importância a experiências anteriores, podemos cair em erros históricos como o caso de «Potemkin», que arrasta atitudes altamente negativas e prejudiciais em todos os aspectos da vida moderna.

Cada decisão deve partir de uma boa definição do problema, suas causas, seus factores condicionantes, e o resultado desejado com os seus efeitos. Com tal metodologia, contribui-se para a boa inovação e um futuro melhor. Nunca se deve resolver um assunto por palpite, ou «porque sim», «porque é assim que quero», como vemos acontecer muitas vezes. Tal erro é a base da estagnação e a ausência de desenvolvimento, e ele é resultado de falta de preparação, de ausência de competência, e de interesses inconfessados, como os ligados a muitos casos «Potemkin», como referiu João Miguel Tavares no seu texto no Público de 19/03/2022.

Com manigâncias de tal género, é desviado dinheiro público, inventam-se mentiras, oculta-se a realidade, e desenvolve-se a letargia, a estagnação e o caminho para a degradação pública, ao mesmo tempo que enriquecem os autores das habilidades que, perante perguntas, respondem que não sabem, desconhecem, não viram, não se recordam. E a Justiça também não averigua, a fim de não levantar problemas e discórdias entre os donos do poder dos quais também depende.

No meu segundo artigo em O DIABO em 27/09/2016 dizia como se deve «preparar a decisão». Mas os grandes decisores nacionais não sabem e não têm verdadeiro interesse em se esclarecer em coisas que lhes evitem os truques dos malabarismos de «Potemkin». Estes são truques mais antigos do que o personagem que lhes deu este nome. E as «verdades» convenientes são apenas as «politicamente correctas» a que todo o sistema político se torna obediente, para continuar merecedor de benesses.

Mas impõe-se que seja encarada a necessidade de rever todo este sistema, por forma a tornar real a vida nacional para criar um futuro o mais perfeito possível, sem corrupção, sem desvios de dinheiro, com decisões bem preparadas e com facilidade de pareceres honestos e de sugestões sérias e bem intencionadas como as que aqui têm sido apresentadas desde 2016.

Em democracia, o poder é eleito pelos cidadãos e as decisões devem ser orientadas por forma a defender os melhores interesses dos eleitores. Para tal, deve haver o cuidado persistente de conhecer os melhores interesses colectivos e de permitir que os cidadãos possam emitir opiniões e sugestões para tornarem a governação mais correcta e eficaz. Deve haver o cuidado de um governante não tomar decisões por sua livre iniciativa por estar convencido de que tem autoridade e poder, do género de vulgar ditador. Em Portugal, na sequência do 25 de Abril era vulgar ouvir-se «o povo é quem mais ordena». Isto é considerado certo se for apresentada perfeita explicação da decisão que corresponda à real situação.

E, opostamente ao sistema de «Potemkin», não devem ser feitas promessas, antes de preparada a decisão, a fim de evitar mentiras que desacreditem a verdade verdadeira e acabem por a promessa ficar sem ser cumprida. O sistema de «Potenkim» apresentado pelo autor acima referido, acaba por ser mentira usada de tal forma que engana o próprio governante de topo, por estar afastado das realidades mais generalizadas dos pormenores da vida nacional. Conhecer as realidades da vida real dos cidadãos não se obtém com beijinhos, selfies e aplausos aos mais famosos dos espectáculos populares.


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sábado, 23 de abril de 2022

EXEMPLOS DE SOLIDARIEDADE

 EXEMPLOS DE SOLIDARIEDADE

Public em DIABO nº 2364 de 22-04-2022, pág 16, por António João Soares)

É necessário divulgar a conveniência de amizade, solidariedade e espírito de ajuda, para evitar egoísmos, avareza, inveja, ódio e violência, com crises graves para o ambiente social e internacional, como tem acontecido.

Felizmente, há exemplos positivos que merecem ser seguidos e divulgados a fim de se melhorar a vida social a todos os níveis. Os convívios semanais das quintas feiras de que tenho publicado no «Blog Só Imagens» e no Facebook as fotos que me são enviadas, constituem um caso exemplar que deve ser seguido, de qualquer forma, mas sempre com a finalidade de salientar os bons efeitos da amizade e da solidariedade que, no caso, já vem de há muitas décadas, com melhores efeitos.

Dois participantes desse grupo, com mais três velhos amigos decidiram deslocar-se de Lisboa a Torres Vedras a fim de se encontrarem com um amigo comum que se encontra a residir num lar de militares idosos, que já não tem facilidade de se deslocar com segurança, sozinho, mesmo a pequenas distâncias. Pediram ao visado que escolha o restaurante onde irão almoçar e uma data para esse efeito. Quanto à escolha, ele pediu a um companheiro de «presídio», mais jovem, com carro, que costuma participar em vários encontros deste género, com vários amigos residentes nesta área. Como na ida para o almoço o grupo virá buscar o amigo ao seu local de residência e ele o orientará para o restaurante, como o companheiro visitado não conhece nem o restaurante nem o percurso, esse seu amigo levou-o a fim de o preparar para poder cumprir a missão no dia do almoço. Fê-lo com dedicação, amizade e generosidade. São mais dois casos de solidariedade muito louvável.

Isto surge com naturalidade e espontaneidade, porque a amizade é contagiosa e transmite-se por reciprocidade. Mas só surge quando há respeito pelos outros e quando se cria esse hábito através do comportamento habitual, movidos pelo afecto recíproco alimentado ao longo de anos. Isso não é coisa que seja determinada ao som de apito ou assobio. Li há pouco uma entrevista com Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, em que afirma que desde os tempos dos seus avós, os seus conterrâneos aprenderem a unir-se para defenderem o seu futuro comum, perante a ambição de um país vizinho frente ao qual não se irão render, embora isso lhes acarrete muitas vidas perdidas e muitos danos nas suas residências e nos seus patrimónios habitacionais e outros das localidades em que vivem.

Tal formação ética e moral das pessoas foi obtida pela experiência das atitudes da vizinhança e está bem estruturada nas mentes dos cidadãos. Uma tal aprendizagem produz comportamentos sólidos que se traduzem automaticamente através de gerações, fazendo parte da forma de viver das pessoas a partir do início da vida. Há muitas pessoas que desejam ver os seus países com espírito defensivo semelhante, mas tal mudança não se consegue através de factos isolados, sendo necessária uma formação ética desde tenra idade e bem fundamentada e repetida insistentemente, com apoio de textos históricos que mostrem a realidade da evolução.

Mas o respeito e a solidariedade não são qualidade das instituições públicas. No ano passado, ao tentar fazer a declaração do IRS, pela Internet foi me apresentada a hipótese de aceitar o sistema de declaração automática baseada nos dados que as Finanças possuem. Aceitei. E este ano também queria seguir o mesmo sistema, mas apareceram tais complicações por ter perdido a pass word que já passaram quase duas semanas à procura de solução. A Assistente Social aconselhou-me ir às Finanças e fui. Mas a pessoa que me atendeu não me esclareceu totalmente sobre o assunto e irei receber o quinto papel com números que me não têm sido úteis. Espero que decidam aplicar a solução automática, seguindo o costume anterior. 

«Amai os outros como vossos irmãos».


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terça-feira, 19 de abril de 2022

OS ANIMAIS DÃO-NOS LIÇÕES DE COMPORTAMENTO

OS ANIMAIS DÃO-NOS LIÇÕES DE COMPORTAMENTO

(Public em DIABO nº 2363 de 15-04-2022, pág 16, por António João Soares)

 A notícia mais recente do comportamento de um animal doméstico que constitui bom exemplo para um humano refere a amizade de um cão ao seu dono, depois da morte deste, mesmo ficando sem alimentação e ser encontrado, ao fim de duas semanas, cansado e esfomeado, ao lado do cadáver.

O dono, homem de 29 anos, desapareceu e após muita procura foi encontrado sem vida numa área inhóspita para onde tinha ido passear. Estava sem vida e tinha ao lado o cão seu companheiro, magro, cansado e cheio de fome, mas ainda vivo.

Há vários casos semelhantes de respeito pelo dono, de amizade aos companheiros de grupo, de apoio a outros, etc. Um amigo contou-me que seu irmão tinha uma pomba que vivia fechada numa gaiola a quem dava pouco afecto, por passar pouco tempo em casa e um dia resolveu propor ao irmão ficar com o animal e levá-lo para sua casa, ali perto. Depois de o ter em casa e de lhe dirigir sons semelhantes aos usados pelo irmão sentiu em resposta sons que considerava afectuosos. Ao fim de poucos dias, libertou-a da gaiola e ela andava livremente pela casa, apesar de não usar a higiene desejada e de lhe ter sido limitado o espaço onde podia deslocar-se.

Passou-se o tempo e o animal saiu pela janela. O actual dono foi relatar o caso ao irmão que lhe disse: agora vai olhando para o ar para ver se a recuperas. Ele olhou e viu-a pousada a mirar a casa onde vivera antes, os dois chamaram e ela foi ao encontro deles. Tinha ido matar saudades do primeiro dono.

Um pelicano recém-nascido teve um acidente que lhe feriu uma pata. Um dos funcionários da praia recolheu-o e promoveu o seu tratamento, alimentou-o e manteve-o sob estreita vigilância, até que ele cresceu e, quando já podia voar, desapareceu. O tratador ficou desgostoso por ficar sem este amigo, mas poucos dias depois ele regressou, pousou no seu ombro e fez-lhe carícias, em nítido sinal de reconhecimento e de amizade. E depois voltou várias vezes com semelhantes atitudes.

Num grupo de aves migratórias, em que todas voavam bem alinhadas e sem alterarem as suas posições relativas, numa disciplina semelhante à dos militares em desfile festivo, uma ave perdeu altitude o que foi notado pelo responsável do grupo e logo saiu uma ave de socorro no seu encalce para lhe dar apoio e ficar com ele enquanto lhe fosse necessário e só depois seguissem para o destino para o qual o grupo se dirigia.

Enfim, os animais, apesar de terem sido classificados de irracionais, possuem a sua ética, com respeito, dedicação, amizade e reconhecimento que servem de lição a muitos humanos.

Porém, as situações de dificuldade recentes e actuais mostram que os humanos estão a dar mostras de alguma ética semelhante, embora não esteja generalizada, como se vê no caso do apoio aos ucranianos em dificuldade, ao refugiarem-se perante a destruição de habitações e a morte de numerosos civis, entre os quais crianças, pelas acções criminosas e injustificadas dos invasores e pelos mísseis por eles enviados. Perante tais actos terroristas e de violência genocida e criminosa contra os direitos humanos a generalidade dos países europeus têm-se comportado com humanismo, ternura e respeito pelo sofrimento humano.

Porém, ao contrário dos animais, os causadores de tais actos de selvageria, estão à margem de respeito pelos valores humanos e usam de barbaridade inqualificável.

Sugiro a leitura de «O respeito e a amizade devem ser permanentes» que publiquei em 18 de Março pp. Devemos admirar os animais e aprender os seus bons exemplos.

 

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sábado, 9 de abril de 2022

A RELIGIÃO DEVE INCENTIVAR A MORAL E A ÉTICA SOCIAL

(Public em DIABO nº 2362de 08-04-2022, pág 16, por António João Soares)

No dia 25 de Março, em resposta a um apelo do Papa, os crentes mundiais colaboraram na «Consagração ao Imaculado Coração de Maria pela paz na Ucrânia», na esperança de que o Divino Mestre decidisse exercer os seus divinos poderes e conseguisse terminar com os actos de selvageria que estão a ser praticados naquele país.

Mas estas orações e devoções têm pouco efeito nos comportamentos cívicos de políticos e dos seus colaboradores imediatos por não serem explicadas aos crentes menos letrados e não os incentivarem no seu comportamento. Muitos destes recitam maquinalmente orações sem ter a completa percepção do que significam as palavras e as frases que disseram.  Por exemplo, raras são as pessoas que percebem as três lições constantes da segunda parte da oração “Pai Nosso”. E não compreendem a formalidade do pedido ao «Pai» que lhes dê o «pão nosso de cada dia». Pois não lhes é dado o pão e apenas lhes pode ser dada a vontade de trabalhar para ele ser obtido e sem ambição nem ganância de obter fortunas que deformam a moralidade da vida, a qual deve ser simples e honesta.

Devemos respeitar e compreender os outros e perdoar-lhes as ofensas que nos dirijam. As más palavras e acções ficam com quem as pratica e devemos evitar ódio, inveja e vontade de vingança. E devemos evitar praticar o mal seja contra os outros seja contra a nossa saúde. A droga e os excessos estragam a saúde. E devemos ter muito cuidado com a nossa pessoa. Devemos «livrar-nos do mal». Não devemos esperar que seja Deus a «livrar-nos do mal».

A formalidade de pedir a Deus tudo aquilo de que precisamos e os remédios para todos os males que resultam dos nossos maus comportamentos e dos outros, deve ser ponderada porque teremos o futuro que prepararmos com os nossos comportamentos de cada momento.

Mostraram-me, há mais de meia dúzia de anos, um livro, cuja tradução foi publicada pela editora Diário de Notícias que tratava de entrevista a Deus e, perante a pergunta do jornalista se faz milagres, a resposta foi negativa, com a justificação de que não deve desrespeitar as leis da natureza, rigorosamente feitas com sabedoria e consistência. O milagre deve ser praticado por cada um, orientando o seu comportamento da forma mais natural, moral e ética, a fim de não cometer erros que precisem de ajuda para serem remediados. A religião deve incentivar a luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela paz.

Por tudo isto, melhor do que as consagrações do dia 25, realizadas por todo o mundo cristão, seria mais eficaz a difusão da vantagem da aplicação constante dos «mandamentos», bem explicados de maneira a serem praticados, por todos especialmente pelos políticos com possibilidade de ordenar actos ilegítimos que prejudicam seriamente povos pacíficos e inocentes, como é presentemente o caso da Ucrânia e de tantos outros actos de terrorismo que afectam gente honesta e trabalhadora.

O respeito pelos outros é basilar para vivermos em paz e, quando surgem dúvidas, quanto a limites dos interesses das partes, a melhor solução consiste no diálogo e, se necessário, o recurso a intermediários independentes e amantes da paz. Qualquer acto de violência, na sua contabilidade final, traz mais prejuízos do que ganhos para qualquer das partes.

A Igreja deve orientar o seu esforço para que os ensinamentos da fé sejam devidamente aplicados para a felicidade e a segurança dos povos, de todos os povos, e sejam evitados acontecimentos indesejados e desgastantes da boa qualidade de vida que os evangelhos apontam como ideal e desejada por Deus. Para isso, é esperada a colaboração de todos os sacerdotes e dos seus melhores praticantes.


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segunda-feira, 4 de abril de 2022

BOM ENTENDIMENTO CONDUZ À PAZ

(Pblic em DIABO nº 2361de 01-04-2022, pág 15, por António João Soares)

A paz resulta do bom entendimento dos estados entre si. A amizade e o respeito mútuo, sem ambições nem invejas, são factores de concordância e de desenvolvimento. Os conflitos, mesmo que pacíficos ou pouco agressivos, afastam as energias dos objectivos de desenvolvimento e concórdia para os quais a colaboração, mesmo que apenas com ideias e trocas de opiniões, constitui um factor muito construtivo.

A violência posta em prática pelo poder russo contra um país vizinho, destruindo residências, matando civis inocentes e crianças, ocasionando muitos feridos e refugiados, obteve críticas da maior parte do mundo que discordou dos atropelos à moral, à ética e ao respeito pelos valores humanos, independentemente de raças, etnias, ideologias, etc.

Surgiram cortes de relações económicas, com sanções de cujos inconvenientes o Líder russo já se queixou dos efeitos. Por exemplo, vi há dias que o Governo alemão negociou um acordo com o Qatar para fornecimento de gás liquefeito, do que resulta menor exportação pela Rússia. E, se houver muitos casos semelhantes, o prejuízo será muito grande para a economia russa.

Nas relações internacionais, os interesses dos Estados não devem ser resolvidos ou defendidos por meio de armas, quer sejam simples ou modernas e poderosas, devendo ser dada prioridade à procura de soluções negociadas por diálogo com trocas de condições aceites pelas partes. O uso das armas acarreta custos elevados quer em valor material, quer em tempo gasto, quer em redução de conceitos morais, éticos, humanos e sociais.

Mesmo havendo atitudes criminosas, a reacção usando actos violentos pode ir afectar situações e pessoas que nada contribuíram para tais crimes. A reacção aos actos violentos pode, por forma pacífica e cordata, causar efeitos mais lesivos do que os de uma arma. O corte de relações comerciais pode ter resultados mais fortes ao longo do tempo do que um ataque de curta duração e com poucas vítimas. 

A China tem dado ao mundo bons exemplos dos conceitos atrás referidos, desde os primeiros passos que deu no desenvolvimento, desde os contactos com os navegadores portugueses do século XV, em que optou pelo bom relacionamento e a utilização das boas ideias e dos bons princípios, que passou a utilizar e a desenvolver em bom relacionamento com a indústria ocidental nos mais diversos sectores e que, em muitos casos, já ultrapassa e fornece melhoramentos de inovação e modernidade. Isto é uma prova de que a boa convivência, a comparticipação e a amizade são formas muito positivas de preparar, em permanência e continuidade, um futuro mais evoluído.

Com filosofias e estratégias semelhantes, usadas por todos, amanhã, teremos um mundo melhor, sem crises nem conflitos. A inveja, a ambição e a competição não impedem que todos sejamos iguais no destino, de morrermos e deixarmos cá tudo. Se descobrirmos algo de valor para melhorar as tecnologias, ensinemos aos outros, pois, de uma forma ou de outra, todos acabaremos por beneficiar da inovação e se, para esta, houver novas ideias, mais beneficiados seremos todos.

A humanidade somos todos nós e devemos mostrar que somos humanos e solidários com os nossos manos. Pessoas normais são contra as guerras, principalmente quando uma é dirigida contra populações inofensivas e indefesas. Destruir bairros residenciais, hospitais, maternidades, centros comerciais, escolas e outros locais onde serão feitas muitas vítimas, não é próprio de chefes inteligentes, sensatos e respeitadores dos seres seus semelhantes. Quem fomenta tais crimes humanitários não pode ter consciência de que merece ser considerado digno de ser respeitado como ser humano.  

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