(Public em DIABO nº 2343 de 26-11-2021, pág 16. Por António João Soares)
Li há pouco uma notícia
de uma detenção por posse ilegal de arma. Porém, parece estar incompleta a
definição de arma para este efeito, pois os drones constituem uma arma mais
ameaçadora e perigosa do que uma «navalha de ponta e mola» e há muitos por aí espalhados
sob o pretexto de serem objectos de brincadeira, mas que podem ser dirigidos ao
interior de edifícios e produzir mais estragos do que muitas armas de guerra,
pois podem ser transportadores de explosivos muito destruidores.
Há poucos dias, o
Primeiro Ministro do Líbano, estando em casa, foi alvo de três drones sendo
dois interceptados por elementos da sua segurança, e o terceiro acabando por
explodir dentro da residência, por acaso, em ponto em que os estilhaços não
produziram vítimas. Poucos dias depois, um outro político sentiu-se visado por
outro brinquedo semelhante. As Forças de Segurança devem ser apoiadas em
legislação que lhes permita impedir a posse e uso de tais espécies de armamento
altamente perigoso embora, haja situações autorizadas e devidamente
comprovadas, em que possa ter utilizações muito úteis.
Vi na Internet um caso
altamente positivo da utilização de objecto destes. Uma jovem fazia companhia a
um idoso com o qual efectuava um pequeno passeio nas proximidades da residência
e que, inesperadamente, teve um problema cardíaco e ficou inanimado. Ela ligou
pelo telemóvel para o serviço de socorro e este respondeu que se afastasse um
pouco dele esperasse poucos minutos pelo socorro e, depois de este chegar,
seguisse as instruções que ia receber. Pouco depois chegou, ao ponto de onde
foi feito o pedido, um drone com o equipamento de socorro, e ela foi orientada
para manusear o equipamento e, passados poucos segundos, o idoso estava a
respirar e a mover-se.
Para efeitos de socorro,
isto constitui uma inovação preciosa e, por isso, cada utilizador deve ser
credenciado e devidamente fiscalizado a fim de evitar os efeitos indesejáveis
que pessoas mal intencionadas possam causar, como os actos terroristas para
abater pessoas de excepcional relevância política ou odiadas por outros
motivos.
As inovações de que
tantos maus usos são feitos em prejuízo da população e da natureza, como tem
sido muito publicitado quando se fala de alterações climáticas, devem ser
devidamente controladas e fiscalizadas com a finalidade de serem utilizadas
apenas em benefício dos humanos e de outros elementos naturais. Uma de tais
preocupações de que pouco se fala consiste na redução da produção de radiações
electromagnéticas, principalmente com sistemas automáticos sem uma utilidade
que seja indispensável ou cujo benefício não seja superior ao mal que vão
provocar com a poluição atmosférica que, depois de acumulada pelo exagero de
utilização, vão contribuir para a indesejável alteração climática e outros
efeitos atmosféricos como o pouco falado contributo para epidemias e pandemias.
Como já aqui referi,
alguns cientistas têm falado de coincidências entre as epidemias que nos têm
atacado desde há mais de um século, com as fases de agravamento da produção de
radiações electromagnéticas. Desde a electrificação das localidades, ao
aparecimento das telecomunicações e, recentemente, a divulgação dos telemóveis,
dos radares, sensores, e a utilização de radares e comandos à distância.
Na realidade, cada ponto
do planeta e cada um de nós é permanentemente atingido por radiações vindas de
milhões ou biliões de origens. Uma chamada de telemóvel irradia para o espaço,
atingindo tudo e todos em todas as direcções. Os sensores do carros actuais que
detectam a proximidade de um obstáculo irradiam permanentemente para o espaço.
A porta que se abre à nossa passagem, também tem um sensor a poluir ou
envenenar o espaço que o circunda.
Enfim, as inovações
utilizadas despreocupadamente, constituem um envenenamento da atmosfera a qual
depois reage através da sua Cintura de Van Allen com aquilo que hoje se chama
de alterações climáticas.