sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

PAZ E HARMONIA SÃO BÊNÇÃO CELESTIAL

(Pulic em DIABO nº 2347 de 24-12-2021, pág 16 por António João Soares)

O Planeta seria um paraíso se as pessoas respeitassem os direitos dos outros e vivessem sem ambição, inveja ou ódio. Isto existe por vezes de forma exagerada. Na parte Leste da Europa, vive-se uma situação péssima de «contínuas provocações» com sucessivas movimentações militares, as quais podem terminar, por excesso, num conflito armado com resultado de perdas de vidas e de desnecessárias despesas com materiais de que apenas beneficiarão os seus fabricantes.

Se houver respeito pelos outros e a preocupação sincera de fomentar a paz, a harmonia e cooperação recíproca, evitam-se os graves inconvenientes de conflitos armados cujos efeitos, depois de iniciados, se mantêm durante muitos anos, sempre a produzir ódios e desejos de vingança.

Felizmente, já há casos muito louváveis de desenvolvimento de boa vizinhança e harmonia, como o bom entendimento da Espanha com Marrocos na forma civilizada como têm evitado o movimento de entrada de migrantes não autorizados, nos territórios espanhóis ali situados. Com intenção semelhante, a Inglaterra e a França assumem urgência de união para impedir travessias ilegais do Canal da Mancha. Estes casos deviam servir de exemplo a países das margens opostas do Mediterrâneo a fim de poderem defender melhor os seus interesses para a selecção de imigrantes, por forma a que, devidamente controlados, pudessem satisfazer os seus legítimos interesses mútuos.

Mas, infelizmente, além do efeito de ódios antigos e desejos de vingança, para mostrar força e coragem, há casos de fortes potências desejarem ostentar o seu grande poder ofensivo e que, para conquistarem louros, avançam para países fracos necessitados de «ajuda» poderosa, onde pretendem fazer figura, embora quase sempre tenham de sair sem glória. Foram os casos dos Estados Unidos da América no Vietnam, na Somália, no Iraque e, mais recentemente, na Síria e no Afeganistão. E parece que estão com desejo de vir em «ajuda» de países do Leste Europeu com o pretexto de os defenderem da Rússia.

Esta tentação da ostentação de poder de grandes potências constitui uma ameaça para a paz e a harmonia desejável para a Humanidade. Em vez de levarem ajuda moral, social e económica levam estímulo para ódios, rivalidades, desejos de vinganças de que podem resultar guerras demolidoras. Há poucos dias, o Presidente americano encontrou-se com o seu homólogo chinês Xi Jinping e, simultaneamente, mandou navio de guerra transportador de mísseis passar pelo estreito entre a China e Taiwan com o significado de que se trata de um espaço internacional e não propriedade da China, a qual quer considerar Taiwan como parte do seu território. Estas discordâncias fazem parte da contradição que se opõe à conveniência mundial de se construir um ambiente de paz e de harmonia com respeito mútuo pelos justos interesses de cada país, sem prejudicar o desejável bom ambiente global. Mas esta aspiração não é fácil e está minada pela vil ambição, inveja competitiva e desejo de ostentação que se presta a lutas permanentes pela grandeza.

A própria Igreja deve defender que somos todos iguais, irmãos em Cristo e devemos viver pacificamente, com respeito, ajuda e caridade.

Mesmo dentro de cada Estado e em cada instituição pública surgem facções agarradas a pormenores que as tornam diferentes, inconciliáveis e rivais. Isso nota-se nas campanhas eleitorais em que sobressaem as rivalidades entre concorrentes. A paz e a harmonia estariam mais conformes com o espírito convergente de colaboração para a procura de melhores soluções para a qualidade de vida dos cidadãos, para o desenvolvimento da economia e para o engrandecimento social e cultural do País.  


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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

BOAS FESTAS

Desejo a todos os visitantes, seus familiares e amigos, muito BOAS FESTAS, com FELIZ NATAL e uma entrada no 2022 com a esperança de que lhes traga o que de melhor desejarem. E que possam continuar a ter prazer em ser visitantes esta página. Forte abraço. 

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

DEFESA DA CAPACIDADE MENTAL

(Public em DIABO nº 2346 de 17-12-2021, pág 16, por António João Soares)

O neurocientista Michel Desmurget publicou em França em Agosto de 2019 um livro que, desde Outubro, se encontra em Portugal lançado pela Contraponto com o título «A Fábrica dos Cretinos Digitais». O autor deu uma entrevista a Marta F. Reis no jornal i em 03-12-2021, com o total de 5.628 palavras e que merece atenta leitura.  Logo que se referiu à televisão e outros órgãos de comunicação social que se preocupam apenas com ninharias, despertou a minha concordância, que há mais de 20 anos não me deixa perder tempo com tais programas e tenho saudades de quando tinha programas esclarecedores e instrutivos sobre muitos aspectos com interesse para os cidadãos, como os programas sobre agricultura, segurança rodoviária, cultura, literatura, história, etc, etc.

E ele não está só, pois vi há pouco a notícia de que «O Japão formaliza o Novo Sistema Educacional» enquanto a China já tem a funcionar um que vai preparar o futuro de pessoas muito válidas para uma potência que todo o globo admirará.

O entrevistado teve o cuidado de estudar bem a vida em Portugal e faz citações da superficialidade da preparação dos nossos jovens que, segundo o conceito dele, contraria a sua determinação de «combater o “mito” de que a tecnologia está a tornar os “nativos digitais” mais espertos, acredita que não há nada a reescrever e que olhar para o digital como progresso pedagógico é uma “treta”». Essa treta «aproveita “fraquezas” do cérebro para atrair e prender o mais tempo possível os utilizadores». Devido ao esquema em curso, o que as crianças fazem com o digital não interessa realmente para a sua formação nem para a preparação do futuro da sociedade nacional. Na realidade usam os ecrãs para entretenimento, muitas vezes com prejuízo de uma melhor ocupação do tempo de forma útil para cada um e para o ambiente em que se vive. A contenção consequente da pandemia, com a retenção em casa contemplando o ecrã e a prática do ensino à distância, prestam-se à depreciação de uma educação eficiente e com bons resultados.

O actual uso excessivo dos telemóveis tem um efeito que pode comparar-se às drogas em termos de «adição ou alienação».  É frequente verem-se famílias e grupos que, em vez de estarem em convívio e diálogo, muitos estão ausentes e alienados fixos aos seus ecrãs, sem o mínimo aspecto de motivo que possa interessar aos parceiros do grupo. Mesmo que se trate de «adição patológica» e que se considere que afecta apenas 1 ou 3% das crianças, isso já representa milhões de crianças em todo o mundo o que já é preocupante e essa percentagem sobe com o tempo e a idade.

Manter o cérebro activo constitui o principal meio de adiar o envelhecimento, bem como as boas relações familiares e de amizade, e ter uma actividade com interesse para a sociedade, com respeito a regras de ética, de moral e de transparência, bem como o exercício físico que acciona músculos que, tal como o cérebro, precisam de funcionar senão estiolam e deixam de cumprir as suas funções. Ora, o mau uso continuado do «ecrã» produz esse efeito no cérebro, tal como as drogas em termos de adição e alienação, podendo chegar a aspectos patológicos de difícil recuperação.

As televisões e as redes sociais, para ocuparem o tempo com o máximo de clientes abusam de programas atractivos muitas vezes contrários aos desejáveis efeitos da melhor formação ética e social e tornando-os chamariz de crianças que acabam por lhes dedicar mais tempo do que aquele que aplicam nos temas e trabalhos escolares. Assim aparecem os cretinos digitais, para quem o emprego ideal é aquele em que tudo se resolve com um toque no botão.


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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

A COMPLEXIDADE OBRIGA A PENSAR

(Public em DIABO nº 2345 de 10-12-2021, pág 16, por António João Soares)

A realidade da humanidade actual obriga a pensar, mas as pessoas detestam esse «trabalho» e deixam-se arrastar pelas publicidades, para coisas menos significativas de que abusam as autoridades apoiadas numa comunicação social que deixou de ser educativa e instrutiva para, servilmente, obedecer aos poderes políticos e não deixar as pessoas de inteligência mediana e coragem reduzida observar as realidades e os exageros insensatos a que são submetidas.

Quando surgiu o primeiro surto do covid-19, cedo se passou a falar de pandemia e sem se analisarem as acções humanas que o estavam a causar.  No Jornal Observador de 24 de Abril de 2020, perante as primeiras decisões do Governo, para fazer face à crise, que foram de um exagero que causou muitos danos na economia e na saúde mental de muita gente, a médica Margarida Abreu, no artigo «a pandemia do medo» definiu bem a crise em que nos meteram e que, com a «manipulação massiva da opinião pública pela comunicação social, se instalou a pandemia do medo, a maior pandemia de que há memória». O isolamento a que a humanidade foi sujeita, com os aviões colocados em terra e as pessoas fechadas em casa, o mundo parou.

O aparecimento de pseudociência indiscriminadamente veiculada, pelos inúmeros jovens pseudo-especialistas de tudo, que existem nas redes sociais, contribuíram ativamente para a situação perniciosa em que nos encontramos hoje.

E quando os detentores do poder tomaram consciência do exagero e aliviaram a repressão já as pessoas tinham perdido a noção dos cuidados a tomar pessoalmente para se protegerem e exageraram na euforia da liberdade. Entretanto, foram perdidos valores no respeito entre as pessoas, devido aos desequilíbrios da abalada saúde psíquica, e aumentou brutalmente a criminalidade quer doméstica quer social. Tem sido mais dramática como se vê na insegurança rodoviária, na pedofilia, etc.

E, aos primeiros sinais de nova variação do vírus, em vez de, ponderadamente, se estudar as suas características para de forma adequada se proceder à defesa das pessoas que dele podem ser vítimas, decidem repetir de forma parecida o já experimentado no início, ao prazer dos fabricantes de máscaras e de vacinas mais sofisticadas.

Mas há pessoas atentas que devem ser ouvidas. Uma falou sobre o perigo para a humanidade do exagerado aumento das radiações electromagnéticas que são nefastas para a vida e passaram os limites do razoável, ao ponto de hoje ninguém lhes pensar pôr travão porque o vício das tecnologias as torna indispensáveis! Mas a experiência de mais de um século mostra que sempre que há um aumento das radiações, o mundo tem sofrido os efeitos de uma epidemia. Esse tipo de poluição do espaço provoca a reacção natural dos astros da «Cintura de Van Allen» e surge aquilo que vem sendo denominado como «alterações climáticas.

Não é por acaso que os escritores de língua portuguesa Mia Couto e José Eduardo Agualusa publicaram no «Jornal i» de 28 de Novembro de 2021 o texto «Duas pandemias?». Segundo eles, em vez de o mundo mais desenvolvido agradecer a Moçambique e outros países pobres da África do Sul o aviso que deram ao mundo de novos casos de infecção por um novo e mais perigoso surto de Covid-19 e ajudá-los a tomar medidas adequadas para resistirem aos seus efeitos, «os governos europeus viraram costas e fecharam-se sobre os seus próprios assuntos». Seria mais humano, generoso e louvável que ajudassem a enfrentar a situação começando, por exemplo, a oferecer-se para trabalhar juntos com os africanos no combate ao novo surto, procurando travar os seus efeitos generalizados e evitar que se torne mundial, como tem acontecido com os surtos anteriores.


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O FUTURO EXIGE PREPARAÇÃO

(Public em DIABO nº 2344 de 03-12-2021, pág 16, Por António João Soares)

Governar um Estado ou gerir uma instituição ou uma empresa exige sentido de responsabilidade e permanente preocupação com as horas, os dias e os anos seguintes, isto é, com o futuro. Para isso, tem que haver o mais perfeito conhecimento da realidade actual, a análise das condições vigentes, o estudo dos condicionamentos existentes e o planeamento e preparação da evolução. Para tal evoluir da melhor forma, é indispensável que cada responsável tenha capacidade, personalidade, moralidade, coragem, para melhor decidir a evolução mais adequada com vista aos objectivos pretendidos e adequados e não se limitar a deixar «andar e virar as costas à realidade». 

E para se retribuir a boa colaboração e a dedicação das pessoas, deve haver por elas muito respeito, em todos os aspectos. Por exemplo, a justiça social deve funcionar reduzindo adequadamente as situações de carência, de pobreza e dando o apoio necessário em condições oportunas. O Estado deve estar atento às necessidades de melhoramentos na estrutura dos impostos, na contenção das despesas públicas que devem ser contidas dentro das possibilidades dos contribuintes e orientadas para o interesse nacional de crescimento e desenvolvimento da economia, o funcionamento da Justiça, da Saúde, da Defesa Nacional, da Segurança Interna, etc. Isto sem desprezar a eliminação da corrupção e outras manigâncias que, directa ou indirectamente, lesam os interesses dos contribuintes e o desenvolvimento financeiro do país.

Hoje, que tanto se fala na defesa do ambiente, com o título de «alterações climáticas», é imperativo que se convidem cientistas para sugerirem medidas que protejam a atmosfera dos diferentes tipos de poluição, não apenas dos gases tóxicos dos combustíveis, mas também dos inconvenientes das radiações electromagnéticas que, nos anos mais recentes, têm aumentado exageradamente em inúmeras inovações de aparelhos usados muitas vezes para fins dispensáveis, e que quando esses aumentos são mais rápidos, ocasionam perturbações na área sensível da «Cintura de Van Allen» que, pela sua função natural, causam perturbações climáticas.

Para que a vida no Planeta tenha um futuro previsível, são exigidos cuidados especiais na preparação deste, nos mais diversos aspectos, porque a Natureza não gosta de sobressaltos. Como todas as pessoas influenciam esse futuro, deve ser difundida a todas, a necessária informação das medidas aconselhadas pelos cientistas credenciados. Mas não basta dispor da informação correcta, é preciso cuidar da motivação no cuidado permanente de respeitar a adopção regular e adequada das medidasaconselhadas. Qualquer comunicação sobre os cuidados a cumprir tem que ser clara e virada para a acção conveniente. Na sua difusão deve ser evitado o facilitismo e a fantasia, e usado o maior rigor e total clareza.

Por exemplo, para fazer face à actual quinta vaga da pandemia, estão a ser aconselhados cinco conselhos fundamentais: vacinação, promoção da qualidade do ar interior do espaço de vida e de trabalho, respeitar as distâncias entre pessoas, usar a máscara facial e praticar a testagem frequente.

Para se preparar o futuro de um país, é vantajoso um regime democrático com liberdade de opinião, mas em que tal liberdade não seja levada à crítica destrutiva de tudo com que se discorda, mas pelo contrário, se use uma crítica construtiva e devidamente argumentada que resulte em sugestões e propostas merecedoras de análise e possível aproveitamento com vantagem para o desenvolvimento do país e da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Ir para a rua aos gritos a denegrir tudo e todos e insultar aqueles que têm ideias mesmo sem demonstrarem que são inconvenientes, não é sinal de educação, de civilidade e em nada contribui para um futuro mais desejável.

 Quem tem soluções mais adequadas e mais construtivas de um melhor futuro nacional, deve alinhar um texto bem argumentado por forma a ser devidamente lido e apreciado pelas pessoas que têm poder de decisão sobre o assunto. Pode vir a ser aprovado.

 

 


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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

DELITO DE POSSE ILEGAL DE ARMA

(Public em DIABO nº 2343 de 26-11-2021, pág 16. Por António João Soares)

Li há pouco uma notícia de uma detenção por posse ilegal de arma. Porém, parece estar incompleta a definição de arma para este efeito, pois os drones constituem uma arma mais ameaçadora e perigosa do que uma «navalha de ponta e mola» e há muitos por aí espalhados sob o pretexto de serem objectos de brincadeira, mas que podem ser dirigidos ao interior de edifícios e produzir mais estragos do que muitas armas de guerra, pois podem ser transportadores de explosivos muito destruidores.

Há poucos dias, o Primeiro Ministro do Líbano, estando em casa, foi alvo de três drones sendo dois interceptados por elementos da sua segurança, e o terceiro acabando por explodir dentro da residência, por acaso, em ponto em que os estilhaços não produziram vítimas. Poucos dias depois, um outro político sentiu-se visado por outro brinquedo semelhante. As Forças de Segurança devem ser apoiadas em legislação que lhes permita impedir a posse e uso de tais espécies de armamento altamente perigoso embora, haja situações autorizadas e devidamente comprovadas, em que possa ter utilizações muito úteis.

Vi na Internet um caso altamente positivo da utilização de objecto destes. Uma jovem fazia companhia a um idoso com o qual efectuava um pequeno passeio nas proximidades da residência e que, inesperadamente, teve um problema cardíaco e ficou inanimado. Ela ligou pelo telemóvel para o serviço de socorro e este respondeu que se afastasse um pouco dele esperasse poucos minutos pelo socorro e, depois de este chegar, seguisse as instruções que ia receber. Pouco depois chegou, ao ponto de onde foi feito o pedido, um drone com o equipamento de socorro, e ela foi orientada para manusear o equipamento e, passados poucos segundos, o idoso estava a respirar e a mover-se.

Para efeitos de socorro, isto constitui uma inovação preciosa e, por isso, cada utilizador deve ser credenciado e devidamente fiscalizado a fim de evitar os efeitos indesejáveis que pessoas mal intencionadas possam causar, como os actos terroristas para abater pessoas de excepcional relevância política ou odiadas por outros motivos.

As inovações de que tantos maus usos são feitos em prejuízo da população e da natureza, como tem sido muito publicitado quando se fala de alterações climáticas, devem ser devidamente controladas e fiscalizadas com a finalidade de serem utilizadas apenas em benefício dos humanos e de outros elementos naturais. Uma de tais preocupações de que pouco se fala consiste na redução da produção de radiações electromagnéticas, principalmente com sistemas automáticos sem uma utilidade que seja indispensável ou cujo benefício não seja superior ao mal que vão provocar com a poluição atmosférica que, depois de acumulada pelo exagero de utilização, vão contribuir para a indesejável alteração climática e outros efeitos atmosféricos como o pouco falado contributo para epidemias e pandemias.

Como já aqui referi, alguns cientistas têm falado de coincidências entre as epidemias que nos têm atacado desde há mais de um século, com as fases de agravamento da produção de radiações electromagnéticas. Desde a electrificação das localidades, ao aparecimento das telecomunicações e, recentemente, a divulgação dos telemóveis, dos radares, sensores, e  a utilização de radares e comandos à distância.

Na realidade, cada ponto do planeta e cada um de nós é permanentemente atingido por radiações vindas de milhões ou biliões de origens. Uma chamada de telemóvel irradia para o espaço, atingindo tudo e todos em todas as direcções. Os sensores do carros actuais que detectam a proximidade de um obstáculo irradiam permanentemente para o espaço. A porta que se abre à nossa passagem, também tem um sensor a poluir ou envenenar o espaço que o circunda.

Enfim, as inovações utilizadas despreocupadamente, constituem um envenenamento da atmosfera a qual depois reage através da sua Cintura de Van Allen com aquilo que hoje se chama de alterações climáticas.


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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

O DINHEIRO NÃO DÁ FELICIDADE

(Public em DIABO nº 2342 de 19-11-2021, pág 16, Por António João Soares)

O dinheiro constitui apenas uma das ferramentas da felicidade, dependendo da forma como é utilizado. Para isso, o seu investimento ou o seu gasto deve ser bem preparado, com sensatez, tempo e serenidade, a fim de sentirmos o melhor benefício da sua utilização.

Mostrar uma carteira cheia de notas constitui uma bazófia e uma ostentação sem significado e pode atrair malfeitores que pratiquem furto. A verdadeira felicidade é gerada pelo saber e pela satisfação de levar uma vida que possa ser agradável e útil para quem beneficia das nossas acções. Ter boa amizade com familiares, vizinhos e amigos com quem se trocam actos de respeito e consideração, isso é verdadeira felicidade.

Há pessoas que, dispondo apenas do necessário para ir vivendo, enfim, com «o pão nosso de cada dia» e, quando possível, ter uma poupança para garantia do dia seguinte e para um eventual pequeno investimento que assegure o futuro com alguma comodidade e conforto, já se sentem muito felizes. Os exageros de dinheiro, como do álcool ou de qualquer outra droga pode trazer preocupações e possíveis graves inconvenientes.

E quando se cai no vício e na obsessão, as preocupações podem transformar-se num tormento de surda infelicidade e preocupação e, algumas vezes, de fuga à Justiça, como se tem visto em notícias de corruptos, autores de enriquecimento ilegal, desvios de dinheiros, acessos a paraísos fiscais, com fugas à Justiça, causando problemas aborrecidos em familiares e amigos.

Já é muito velha a definição do acesso à política por três objetivos - enriquecer o máximo, no mínimo tempo e por qualquer forma - geralmente, à custa dos cidadãos. Há quem acuse os políticos de serem escravos do dinheiro, mas na realidade, por detrás deles estão os grandes capitalistas das empresas que por eles são apoiados. São esses donos do dinheiro que dominam o mundo e pressionam os políticos que lhes obedecem. 

Está cientificamente provado que o pior factor das alterações climáticas se deve ao grande aumento das radiações electromagnéticas emitidas pelas novas tecnologias altamente utilizadas actualmente. Os astros da «Cintura de Van Allen» que circulam o Sistema Solar estão sensíveis ao fenómeno e reagem da forma como está sendo evidenciada pela actual pandemia e já foram notadas as suas reacções desde há mais de um século, através de diversas epidemias, sempre que esse tipo de poluição sofreu agravamento, com excessivo aumento de radares e outros sensores, emissores, etc. E há cientistas que dizem que, se não for parado este crescimento de tal poluição, acabará por ser eliminada a vida animal e vegetal no nosso Planeta.

Mas, curiosamente, nas reuniões realizadas por altos poderes internacionais e referidas com grandes parangonas nas notícias (propaganda) não se ouve referir esta causa, porque não convém aos donos do dinheiro que se comportam como donos do mundo e têm a cumplicidade dos mais altos poderes globais. Mas o perigo é grave e está provado que a solução não são os automóveis eléctricos e que os equipamentos destes desde as suas matérias primas até o sistema de fabrico não são nada inofensivos para a economia e a vida no planeta.

Perante estas dúvidas e faltas de esclarecimentos, convém que os cientistas e investigadores tenham liberdade e estímulos para poderem defender os diversos factores que contribuem para o desenvolvimento da economia e para a salvaguarda da vida no Planeta.

Para terminar, refiro a sugestão do milionário americano Warren-Buffet no seu artigo «Parem de acariciar os super-ricos», no New York Times em Agosto de 2011, para se subirem as taxas de impostos sobre os mega-ricos que têm isenções fiscais extraordinárias, enquanto a maioria do povo luta para fazer face às despesas.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

FALTA DINHEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO?

(Public em DIABO nº 2341 de 12-11-2021 pág 16, por António João Soares)

O dinheiro não é infinito. Na minha juventude foi-me ensinado não gastar além das possibilidades e analisar cuidadosamente se as compras são realmente necessárias. 

Agora é diferente porque, há cerca de quatro décadas, apareceu um modelo de sociedade inovador liberalizando os mercados financeiros, levando bolsas, bancos, sociedades financeiras de investimento, etc., a apoiar investimentos não materializados em produtos concretos, mas apenas em papeis, que se volatilizam sem deixar rastos. 

Contabilisticamente, foram amontoadas fortunas que, em certos casos, com o tempo desapareceram. Alguns bancos, bem como grandes empresas, acabaram por falir. Eram negócios do estilo Dona Branca e do euromilhões. 

Entre nós, os jovens inexperientes que enquadraram os nossos governos mais recentes, foram arrastados inocentemente para esse sonho com a ideia de gastar sem pensar no resultado e, além do aumento crescente da dívida pública, geraram o empobrecimento da sociedade, porque o dinheiro, não sendo infinito, tinha de vir dos bolsos dos contribuintes e da debilidade da economia, por falta de capacidade de investimento em recursos materializados. 

A ilusão do poder dos «papéis» e a basófia dos «poderosos capitalistas» que, impunemente, com a corrupção e o enriquecimento ilícito, criou e passou a usufruir de um poder excessivo, altamente lesivo da economia dos respectivos países. 

 E isto tornou-se dramático por culpa do poder político, que se demitiu de supervisar os sistemas económicos e financeiros, sem pensar que poderia vir a ser julgado pelos resultados da sua falta de acção contra actividades ilícitas. 

No artigo anterior transcrevi um conjunto de actividades que têm dado despesas excessivas sem justificação aceitável, contra a logica do patriotismo, isto é, sem ser dada prioridade ao interesse nacional e pecando pelo egoísmo de sugadores dominados pela ambição do enriquecimento por qualquer forma, sem pensar na ética e na moralidade, e conduzem ao aumento do empobrecimento de milhões de pessoas e à dificuldade no desenvolvimento da economia nacional. 

O Poder Político, desde meados da década de 1990, dado o dinheiro fácil assim angariado pela banca, e os baixos juros praticados, passou a pedir empréstimos ao sistema, de forma pouco prudente e consciente, para tudo e para nada (rotundas, fontanários, pavilhões gimnodesportivos, auto-estradas, etc.) sem cuidar do futuro. Isto sem fazer o que deveria ter feito no sentido de fomentar a economia real, em apoio às empresas, a novas empresas, à indústria, às pescas, à agricultura. Mas era dada prioridade à conquista dos votos das populações que queria conquistar. 

E chegámos aonde chegámos, não só em Portugal, como na maioria dos países ocidentais. Agora é preciso sair desta situação. Temos que actuar para corrigir os erros cometidos e não corrigidos até agora!

Aplica-se, a este assunto um pensamento de desconhecido natural de país asiático «Quando a última árvore for cortada, o último rio envenenado e o último peixe pescado, então o homem perceberá que o dinheiro não se come. Há que pensar no futuro e mudar o nosso estilo de vida». 

No artigo da semana anterior, a última das muitas sugestões para equilibrar a grave situação da dívida pública, era «terminar com a subvenção vitalícia» que agora recordo por a considerar inserida nas reflexões que aqui venho apresentando. Realmente, algumas das subvenções atingem elevados valores. Uma ultrapassa de longe a dezena de milhar de euros e, sem correspondente benefício mensal para a economia nacional. E como o dinheiro não nasce, acaba por debilitar sectores da economia nacional que dele carecem para bem do nível da qualidade de vida de milhões de pessoas carentes, através do desenvolvimento da agricultura, da pesca, da indústria, da exportação e consequentemente do emprego.

 


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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

MUDANÇA DEVE RESPEITAR O POVO

(Public em DIABO nº 2340 de 05-11-2021 pág 16, por António João Soares)

As promessas e algumas decisões, por vezes, não são perfeitamente coerentes mas, mesmo que o sejam, pode acontecer que não sejam do agrado geral das pessoas por elas afectadas, o que cria sentimento de desagrado que, em situações de manifestação, podem constituir grande inconveniente para o Poder.

 Como se pode fazer face a isto? Pelo menos, convém respeitar o povo falando verdade, com sinceridade e explicando a situação em causa e o resultado que se pretende atingir. E, se nada está correctamente estudado, será preferível nada dizer, para não transmitir falácia e perder credibilidade.

Devido a promessas e a realidades, o descontentamento tem-se generalizado e têm sido visíveis atitudes de desconforto e intenções de greves e manifestações em sectores importantes na estrutura social, como na Saúde, na Educação, na Função Pública, na Cultura, etc. Se tal estado de espírito se agrava, o País pode passar a ser dificilmente governável, do que nada resulta de benéfico.

 Há um sentimento generalizado da necessidade de reduzir as mordomias, diminuir a quantidade de deputados na AR, acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas, acabar com as empresas municipais, controlar as empresas de estacionamento, redução do pessoal das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, redução das Juntas de Freguesia, acabar com o Financiamento dos partidos, acabar com a distribuição de carros a Presidentes, assessores, etc, acabar com os motoristas particulares, acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado, colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado, acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira, controlar o pessoal da Função Pública, acabar com as administrações numerosas de hospitais públicos, acabar com os milhares de pareceres jurídicos, acabar com as várias reformas por pessoa, perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e quejandos, acabar com os salários milionários na RTP, acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP, acabar com os ordenados milionários da TAP, acabar com a pantomina das PPP (Parcerias Público Privadas), criminalizar já o enriquecimento ilícito, controlar a actividade bancária, não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas por eles, fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois, pôr os Bancos a pagar impostos, terminar com a subvenção vitalícia.

Quem controla o seu dinheiro ou o que é público, de todos, deve gastar só o possível e absolutamente necessário. Mas verifica-se que, ao fazer despesa, o Governo despreza o respeito pelo contribuinte, que é todo o cidadão, e não se preocupa com a defesa dos interesses deste e da melhoria das suas condições de vida.

Os políticos, principalmente os autarcas, devem exercer uma acção de proximidade, dando respostas aos problemas e às dúvidas da população, devem estar sempre ao lado da comunidade que servem para compreender as suas manifestações de sentimentos e de ansiedades. Os cidadãos precisam de se sentir acarinhados, acompanhados ou mobilizados pelos detentores do poder e não abandonados e explorados para benefício destes e dos seus amigalhaços que sugam quanto podem do dinheiro sacado por mil e uma formas de impostos, contribuições, etc.

As bazófias de grandes êxitos e as promessas de melhorias para daqui a mais de dois anos, em vez de atraírem o respeito e a afeição aos que devem ser responsáveis pelo seu melhor futuro, criam desprezo por palhaços que os enganam e iludem, como qualquer vendedor de banha de cobra.

Qualquer mudança ou melhoria social se respeitar o povo, é a melhor propaganda e dela resulta a sensação e o sentimento de reconhecimento e gratidão das pessoas.


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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

DONOS DO CAPITAL CONTROLAM O PODER

(Public em DIABO nº 2339 de 29-10-2021 pág 16 por António João Soares

Li, há dias que, apesar de ter havido muitas promessas de ser limitado ou mesmo eliminado o abuso da corrupção e do enriquecimento ilícito não têm sido vistos os resultados desejados por tais boas intenções. E a própria Justiça parece demasiado complacente com esses actos imorais e lesivos do respeito que deve existir pelos cidadãos mais afastados do poder financeiro. O dinheiro que é depositado num paraíso fiscal saiu, directa ou indirectamente, do bolso dos cidadãos mais desprezados pelo Poder e, por isso, contribui para agravar a injustiça social.

Houve almas bem formadas mas ingénuas que defenderam que o Governo devia tomar medidas rigorosas contra os indivíduos detectados em tais actividades ilegítimas. Mas logo apareceram pessoas esclarecidas a afirmar que os governantes não possuem a devida capacidade para lutar contra os donos do dinheiro que são todo-poderosos e têm artes de travar tais iniciativas da parte do governo. Por vezes, não dão liberdade aos políticos para meterem na ordem esses poderosos porque inclusivamente, de uma maneira ou de outra, já os comprometeram num aspecto ou outro de forma que perderam perante eles a liberdade de actuar. Há países em que ex-governantes já foram condenados por tais crimes, mas só depois de saírem do âmbito em que estavam sob controlo dos «donos» e deixarem de ter interesse para as manigâncias do poder legal.

Tal estratégia de poder pode ser visualizada na área dos actos de terrorismo. Também as pessoas bem intencionadas defendem que o terrorismo deve ser abolido, mas logo dados a demonstrar que esse terrorismo é financiado por grandes poderes que se sobrepõem a chefes de governo e até têm interesses em fábricas de armamento e outro material de violência ajustada a tal actividade que torna ineficaz forças militares e se lhes sobrepõe, por pressão da parte dos «donos». Repare-se que os militares americanos, a maior potência estratégica, já saíram de forma pouco garbosa, do Vietname, da Somália, do Iraque e agora do Afeganistão. Outros valores mais altos se levantaram.

E perante tais pressões, há estados que misturam conforme as áreas em jogo, os valores em vista, como recentemente o Quénia que pediu à Etiópia a cessação das hostilidades com o Tigray a fim de facilitar a entrega de ajuda humanitária à população desta área que está com grave carência alimentar. Mas, simultaneamente, recusa a decisão do Tribunal Internacional de Justiça sobre o litígio da fronteira marítima com a Somália por a considerar favorável a este país do Corno de África.

Por seu lado, a Somália deseja que o seu vizinho respeite a supremacia do direito internacional e dos tratados e aceite a decisão do tribunal e procure não intervir nos assuntos internos do vizinho. Parece que o Quénia não está a aproveitar esta oportunidade de reforçar as relações entre os dois estados e povos, com melhor tom conciliatório e procurando uma coexistência pacífica e cooperação de vizinhança à semelhança daquilo que parece pretender com a Etiópia.

As realidades factuais acabam por mostrar a prioridade dada aos interesses materiais sobrepondo-os aos valores da harmonia humanitária e da paz. Há interesses de exploração de petróleo e gás e, perante estes interesses, um centímetro de território pode levar a extremos de agressividade.

Teoricamente, a eliminação de muitos factos indesejáveis parece relativamente fácil, mas a ambiência a que se subordinam os políticos no meio de tanta complexidade, torna-lhes difícil a decisão, não vá ela prejudicar a quantidade de votos nas eleições seguintes ou a melhoria que desejam na sua vivência, pois não lhes é fácil conciliar todos os interesses. A escolha exige, muitas vezes, grande coragem e capacidade de correr riscos e nem todos os riscos se coadunam com as ambições pessoais que muitas vezes se sobrepõem aos interesses nacionais.


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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

EM MANADA HÁ CONVERGÊNCIA TOTAL

(Public em DIABO nº 2338  de 22-10-2021, pág 16. Por António João Soares)

Os animais dão boas lições aos humanos. Costumo referir-me a eles como «ditos irracionais», porque os seres humanos de há muitos séculos, pelo facto de não saberem comunicar com eles, consideraram-se a si próprios racionais e a eles irracionais. Porém, sob muitos aspectos, eles dão-nos lições de muita racionalidade na sua forma de viver e no seu relacionamento familiar e social.

Vi há pouco uma frase de Winston Churchill que me veio confirmar isto. Diz que: «A diferença entre os humanos e os animais é que os últimos nunca permitem que um estúpido lidere a manada».

Realmente todos vídeos que tenho visto de deslocações no terreno, entre regiões distantes durante migrações, para a água ou para procura de pastagem, seguem sempre de forma disciplinada e numa espécie de formatura militar. Nas suas relações familiares e de amizade, tratam-se como se fossem da mesma espécie e da mesma família, no carinho com as crias menos independentes e no socorro a feridos e deficientes, mostram respeito e ternura.

Entre os humanos, o relacionamento entre os elementos de um grupo, clube desportivo ou partido político, constatamos que o egoísmo e a ambição são quase sempre a primeira prioridade, colocada acima do interesse colectivo. E a colaboração nem sempre prima pela verdade, a franqueza e a total abertura que facilite a convergência necessária para a total harmonia de acções orientadas para um objectivo colectivo. Temos muito que aprender com os animais.

Encontrei há poucas horas uma notícia que referia que o líder de um partido estava inteiramente às escuras acerca dos equívocos entre o PR e o Governo sobre a substituição do CEMA, enquanto o seu porta-voz para a Defesa estava dentro dos pormenores e que tinha articulado informação com o próprio ministro socialista, mas nunca tinha transmitido qualquer informação ao chefe de quem, teoricamente, é porta-voz.

Dessa falha de leal colaboração com verdade, lealdade e espírito de convergência, resultou que o porta-voz prestou declarações públicas e comentou o caso na televisão (TVI) em moldes contraditórios com o que o representante do grupo parlamentar do seu partido defendeu noutra estação de televisão (SIC) precisamente sobre o mesmo assunto. Enfim, um grupo em que não há transparência e partilha de informação, muito longe do espírito que Winston Churchill atribui a uma «manada». Como pode um partido ter esperança de vir a governar o País se entre os seus elementos com mais responsabilidade não existe abertura total acerca do que sabem sobre um assunto que se transformou numa crise nacional muito falada? É claro e lógico que o líder do partido, quando teve conhecimento da realidade, entrou em rota de colisão com o seu porta-voz para a Defesa por este nunca o ter informado sobre o assunto com o qual estava a par do que vinha a passar-se. Um membro de uma equipa não deve ter uma agenda paralela ao Chefe, mantendo este na ignorância das realidades de que deve estar informado.

Segundo Winston Churchill, O Chefe deve ser dotado de boa inteligência e isto aplica-se aos chefes das pirâmides subordinadas da estrutura do grupo que ao serem escolhidos pelo chefe da «manada» devem ser bem seleccionados segundo as suas capacidades para que haja segura garantia de que merecem ser empossados.

Em conclusão, devemos evitar a prepotência de menosprezar os animais ditos irracionais e observar bem as suas virtudes de ética social e extrair delas ensinamentos que, bem aplicados às nossas realidades, nos podem ser muito úteis. Mas quando chegarmos a essas conclusões, não basta recitá-las, pois a vantagem só se obtém pelo comportamento mais adequado.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

MUDANÇA CONSCIENTE E PRUDENTE

(Public em DIABO nº 2337 de 15-10-2021 pág 16 por António João Soares)

Depois da pandemia e de tantos erros devidos a imprudência na tomada de decisões, sem respeito pelas leis nem pelos legais direitos das pessoas, convém que os altos responsáveis parem para pensar antes de se atirarem às cegas com soluções de capricho ou movidas por interesses não essenciais.

Já aqui inseri algumas reflexões sobre a tomada de decisões, sendo a primeira em «preparar a decisão» publicada em O DIABO de 27-09-2016 (quem desejar consultar pode pesquisar no Blog  http://domirante.blogspot.pt, onde são arquivados todos os artigos que aqui publico).

 Para não repetir o que já escrevi, recordo que perante uma situação difícil e inesperada, é preciso manter a serenidade, analisar as suas causas, os factores que a condicionam e a forma como podemos controlar cada uma dessas origens do problema e, nesse trabalho, convém obter a colaboração, mesmo que apenas opinativa das pessoas que têm mais contacto com o assunto e, principalmente, com as que lhe sentiram os efeitos. A colaboração de especialistas independentes e experientes é muito útil para a escolha da melhor solução de entre todas as que forem possíveis. Pode haver variadas soluções todas diferentes e é fundamental que a escolha conte com os efeitos de cada uma antes de se optar pela que pareça mais adequada à realidade que se enfrenta.

É imperioso que se evite uma escolha por palpite ou impressão de ser a melhor e, pelo contrário, assentar em argumentos seguros que conduzam a uma decisão consciente e prudente. O ditado «errar é humano» não deve ser tomado como desculpa, pois devemos fazer o máximo esforço para evitar erros. Por exemplo, para premiar o óptimo trabalho do Vice-Almirante Gouveia e Melo, não convém prejudicar os direitos legítimos de camaradas a quem cabe mais cedo a promoção. As Forças Armadas têm regras que devem ser cumpridas e os donos do Poder devem recordar-se que foram os militares que levaram a cabo o 25 de Abril, cujos resultados não foram muito benéficos para os portugueses que não fazem parte da malta que se tem apoderado do nosso esforço criando milionários, corruptos, etc e o controlo anti democrático da comunicação social, o aumento da dívida pública e a perda de prestígio da Justiça. Sempre que se decide fazer uma despesa deve pensar-se no dia de amanhã e as dívidas feitas hoje terão de ser pagas pelos nossos descendentes. O mesmo se passa com os erros de decisão, que serão suportados posteriormente.

Li, recentemente, um estudo sobre a «tolerância zero» aplicada ao ambiente que, sem ser autoritária, apela ao adequado comportamento de todas as pessoas. Realmente, exemplos de como o de uma escola primária em que os jovens, enquadrados por professoras e auxiliares, munidos de uma vasilha em que colocavam coisas espalhadas numa praia extensa, deixaram esta completamente limpa de lixo. Perante uma boa quantidade de bons exemplos este se contribuirá para conseguir uma sociedade limpa e rigorosamente cumpridora e se conseguirá expandir esta perfeição em todo o país tornando as populações mais limpas e ordenadas, respeitadoras das leis e dos códigos básicos da convivência social.

O lixo recolhido nas vasilhas dos jovens deve ser queimado em incineradores adequados, porque, se for para um vulgar contentor de lixo, pode acabar por ir parar ao oceano que já está mundialmente poluído por toneladas de plásticos que têm causado a morte de muita fauna marítima, intoxicada por falsos alimentos que não são digeríveis. Se os lixos recolhidos pelas autarquias passar a ser incinerado em queimadores apropriados além de evitar a poluição do ambiente, produzirá energia que pode ser muito útil para reforçar a electricidade disponível para o consumo doméstico e para a indústria.

As autarquias, que vivem mais próximas das realidades, devem procurar informação sobre este e outros aspectos da qualidade do ambiente e da qualidade de vida e preparar um futuro mais seguro em todos os factores, indo além da Comunicação Social que, infelizmente, pouco contribui para a formação do saber das pessoas, perdendo o tempo com futebóis e outros assuntos de interesse secundário para a preparação de mudanças conscientes e prudentes para um amanhã mais feliz.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

BOM COMPORTAMENTO SOCIAL

(Public em DIABO nº 2236 de 211008, pág16 por António João Soares)

Tenho visto muitas imagens em vídeo de animais ditos irracionais a darem bons exemplos de comportamento social que os seres humanos deviam seguir quer na vida familiar quer com vizinhos, amigos e outros. Os próprios governantes, em geral não olham para as pessoas mas sim para o dinheiro ou para os resultados dos amiguismos para votos, para a imagem, a fama e outros benefícios por vezes contrários à moral e à ética.

Recentemente, o eleito Presidenta da Câmara Municipal de Lisboa, num dos dias seguintes às eleições, foi almoçar com os serventes dos serviços municipais de recolha do lixo, como lhes tinha prometido quando em campanha eleitoral. Na sua nova função deve focar o olhar nas pessoas que dependem das suas decisões. Os problemas mais agudos devem ser decididos depois de boa observação, de atento estudo, procurando conhecer os sentimentos das pessoas por eles afectadas. Os legítimos interesses das pessoas abrangidas pelos efeitos da situação devem ser tidos na devida consideração.

Uma campanha eleitoral deve ser utilizada para apresentar um programa a cumprir, com verdade e rigor, durante o desempenho da função para que se deseja ser eleito. Infelizmente tem servido para insultos e ameaças aos opositores, sem uma finalidade digna. Com a propaganda ilusionista evitam ter de mostrar a incompetência para apresentar soluções para os problemas existentes e prováveis.

Nascemos sem nada e quando morrermos, deixamos cá ficar tudo aquilo que adquirimos com mais ou menos ambição. A felicidade não depende tanto do dinheiro e do património que amontoamos, mas mais do sentimento do dever cumprido e dos afectos que fomos trocando em redor e do bem social para que fomos contribuindo na sociedade e na humanidade. Na vida social, o respeito e a amizade são valores essenciais como defendi no artigo de 11 de Junho passado. Respeito pelos interesses nacionais, pelas leis, pelas pessoas em geral, principalmente pelas mais carentes e necessitadas.

Há poucos dias depois das tensões no Afeganistão e na Líbia, têm surgido opiniões a defender que as dificuldades internas dos Estados e as internacionais se resolvem melhor com ajudas para a procura de soluções através de sugestões para o bom entendimento e a harmonia do que com milhares de militares que ocupam o território, cuja presença instiga a actos violentos com perdas de vidas e destruição de património e incita a mais ódios e desejos de vinganças.  Isso tem demonstrado que o «bom comportamento social» é imprescindível não somente entre as simples pessoas, mas principalmente entre os poderes políticos que, muitas vezes, por interesses financeiros das suas grandes empresas nacionais, colocam em perigo as vidas de pessoas e a destruição do património, porque as guerras são aventuras demasiado custosas em despesas e em perdas de vidas.

Seria bom que nos países se fomentasse a função educativa não apenas para a formação cultural e científica, mas também na preparação do respeito pelos direitos das pessoas e também pelas leis, pelas regras de trânsito, etc, etc. E, também, a nível mundial as instituições internacionais criassem formas adequadas para melhorar a paz e a harmonia social, a todos os níveis e em todo o planeta.

No dia 18 de Junho expus uma sugestão que mostra o poder da Igreja no esclarecimento dos crentes sobre o significado dos textos de muitas orações. Por exemplo, na segunda parte do «Pai Nosso», que todos papagueiam sem pensar no significado do texto, consta «“Perdoai-me as ofensas assim como perdoei a quem me tem ofendido” que pode ser aplicado com o respeito pelos outros, a amizade, a compreensão, a tolerância, a solidariedade, etc. Com esta lição e “amai os outros como a vós mesmos”, deixaria de haver violências, terrorismo, guerras.» E o mundo passaria a viver em Paz e harmonia sem ódios, vinganças e guerras.


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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

A REACÇÃO AOS FOGOS FLORESTAIS

(Public em DIABO nº 2335 de 01-10-2021, pág 16. Por António João Soares) 

Estamos a findar a época estival de fogos florestais ou rurais que são sempre uma calamidade para os nossos campos e o clima. Já aqui escrevi várias sugestões para a prevenção deste perigo. Em vão. Parece haver factores inatacáveis devido a muitos interesses em jogo. E o dinheiro constitui uma droga demasiado perigosa quando colocado acima do respeito pelas pessoas e pela Natureza.

Mas depois de ocorrerem é muito conveniente que se procure recuperar as qualidades e potencialidades dos terrenos que lhes serviram de palco. Embora a agricultura já não se serve tanto dos matos para alimento dos animais, que são mais reduzidos do que noutros tempos, nem para adubo das terras que que dependem mais de produtos químicos (outro negócio), a vegetação das matas tem vantagens para o clima, para madeira para lenha (pouco utilizada). Mas a Natureza deve ser respeitada e os terrenos queimados devem ser recuperados.

Se um terreno queimado não for devidamente trabalhado, pode transformar-se num espaço selvagem, totalmente diferente do seu aspecto tradicional e com inconvenientes para a qualidade agrícola dos espaços vizinhos. 

Existem áreas de floresta estatal que estão sem a beleza que as tornou interessantes. Por exemplo, uma das encostas da Serra de Sintra que era coberta de pinheiros e muito apreciada e visitada por turistas, passou a estar coberta por mato selvagem, eucaliptos e outras espécies parasitas que secaram o solo e afastaram outras plantas mais simpáticas.

As autarquias zelosas do aspecto e da utilidade do seu espaço natural, devem procurar que a sai população se interesse pela Natureza em que vive. Além da utilidade dos ramos das árvores e da sua madeira, há o aproveitamento da vegetação rasteira para a extracção da biomassa. Claro que não se pode voltar aos cuidados antigos de que resultavam bons aproveitamentos da riqueza vegetal, mas algumas vantagens se podem extrair para economia actual e para a prevenção de incêndios devastadores.

Já aqui referi os meados do século passado em que os pinhais eram roçados anualmente para se obter material para a cama do gado e estrume, depois de devidamente curtido, para o cultivo agrícola. Os trabalhos eram absolutamente seguros sem receio de incêndio, porque, nada era deixado ao abandono espalhado pelo solo. E as fogueiras para aquecer as refeições não alastravam por não haver lenha espalhada. Hoje, esse trabalho não interessa aos agricultores, por utilizarem novos produtos criados pelas novas tecnologias, mas tais materiais resultantes de limpeza e tratamento das matas podem ser utilizados para o fabrico da biomassa. 

É certo que a população produtiva é demasiado reduzida e a maior parte já não tem idade para se preocupar com a actuação nem para inovar soluções úteis e práticas. Mas há que estimular os jovens do interior a conhecer o território e a procurar soluções que até podem ser úteis para a sua ocupação de tempos livres. O desconhecimento destes problemas impede que para eles possam ser procuradas soluções.

E, na sequência de tal estímulo, aparecerá o gosto pela prevenção de incêndios e a aplicação de medidas práticas e eficientes que os evitem sem necessidade de grandes investimentos.

O problema tem que ser resolvido localmente porque a ajuda do poder central não surgirá com características de solução lógica prática e eficiente, porque o Governo central está formado por pessoas que ignoram o país real e não estão motivados para perder tempo com tais «ninharias», por se interessarem apenas em votos e em benefícios financeiros para si, os seus familiares e amigos. E, entretanto, vão aparecendo na comunicação social com promessas balofas que raramente resolvem algo com interesse para as pessoas, na melhoria da sua qualidade de vida segurança e felicidade. Por isso, cada qual na sua área de residência deve procurar aquilo que considerar mais favorável para a sua qualidade de vida e a dos seus vizinhos e amigos e, com isso contribuir para um futuro melhor para Portugal.


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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

POLÍTICO EM DEMOCRACIA

Carlos Moedas cumpre primeira promessa eleitoral e diz que é "um homem de consensos"

https://ionline.sapo.pt/artigo/747452/carlos-moedas-cumpre-primeira-promessa-eleitoral-e-diz-que-e-um-homem-de-consensos?seccao=Portugal_i

27/09/2021 12:55 Mafalda Gomes JORNAL I

Moedas explicou que esta é “uma promessa importante” feita a trabalhadores que se sentiam “abandonados”.

Carlos Moedas, eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas de domingo, cumpre, esta segunda-feira, a primeira promessa da campanha eleitoral, ao almoçar com os funcionários de higiene urbana do concelho no refeitório municipal dos Olivais.

Moedas explicou, aos jornalistas, que esta é “uma promessa importante” feita a trabalhadores que se sentiam “abandonados”. "Por isso vim aqui hoje, porque lhes prometi. Na sexta-feira disse-lhes: 'Se eu ganhar, venho cá'", contou.

"O sinal é ouvir as pessoas. É trabalhar com as pessoas. Eu sou um homem de consensos, sou um homem que gosta de incluir as pessoas nas decisões", acrescentou.

O encontro com os funcionários tem como objetivo começar a "trabalhar para encontrar soluções para aquilo que são os grandes problemas que hoje se vivem".

NOTA:

SEJA SEMPRE MERECEDOR DOS VOTOS QUE LHE DERAM

Democracia é trabalhar para as pessoas, com as pessoas. É procurar soluções para os problemas ouvindo aqueles que estão dentro deles, que lhe sofrem os efeitos. Não é agir por capricho, porque sabe, quer e faz. Não é fazer promessas fantasiosas que nada resolvem e nem sequer são cumpríveis. Comunicar com as pessoas deve ser para lhes dizer a verdade, para as informar, para lhes dar sugestões do melhor comportamento social. Gosto de ver este primeiro gesto, após a eleição. Desejo que seja um homem de consenso. Assim, um político eleito é merecedor dos votos que recebeu.



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sábado, 25 de setembro de 2021

É DESEJÁVEL ESPERANÇA E OPTIMISMO

Public em DIABO nº 2334 de 24-09-2021, pág 16, por António João Soares

Há muita gente bem informada que pensa, escreve e publica que «vinte anos depois o mundo está mais perigoso», talvez se referindo aos efeitos da  destruição das torres gémeas, mas a verdade parece ser mais dilatada no espaço e vir a ser mais abrangente no tempo. Não gosto de ser pessimista, mas a realidade obriga-nos a dar a devida importância a certas tendências pouco salutares que estão a afectar a vida social pelo mundo fora. Há que fazer tudo para ultrapassar as causas de tal pessimismo e desenvolver sensação de esperança e de optimismo a fim de o futuro se tornar mais risonho e prometedor.

Muitas pessoas pouco informadas mas esperançadas na Providência Divina esperam que haja um milagre, mas Deus deseja que os homens, com a liberdade que lhes é dada, decidam sensatamente o destino da Humanidade. Por isso, cada passo, cada decisão, deve ser precedido de muita ponderação e sensatez.

Num livro de «conversas com Deus» editado há anos, o autor jornalista perguntou a Deus se faz milagres e a resposta foi negativa porque não quer alterar as leis da Natureza que foi bem estruturada. Conclui-se que os homens não podem adormecer e esquecer as suas responsabilidades porque, depois, terão o resultado das suas acções e das suas omissões.

Por isso, não são aconselháveis, actos de terrorismo nem permanentes tricas internas que acabam por afectar a vida sócio-política, o trabalho de empresas mais frágeis e, em consequência, a justiça social, a economia nacional e o desenvolvimento do País. A democracia (o povo é quem mais ordena) deve permitir e incentivar à participação nos actos eleitorais e, nos seus intervalos, fazer críticas adequadas, construtivas a fim de contribuir, democraticamente, para serem tomadas as melhores decisões, estudadas e estruturadas por forma a que as situações recebam o tratamento mais correcto com vista a obter efeito mais inteligente no presente e no futuro de médio e longo prazo. Há que evitar navegar à vista da costa, para não ser vítima de encalhes nos escolhos. Isto sempre a pensar em conseguir o melhor futuro de todos os seres humanos e da Natureza.

Todos temos que estar atentos, criticar e sugerir aos governantes e votar em gente competente e sensata. E esta prudência e sentido de responsabilidade e de amor ao país deve começar pelos governantes que devem constituir o melhor exemplo a seguir pelos cidadãos. Começa por deverem respeitar a função governativa e de administração pública, logo no momento da escolha de colaboradores em que deve haver a máxima garantia de que possuem boa preparação, experiência, respeito pela função e pelo seu efeito nas vidas dos cidadãos, principalmente dos menos favorecidos pela sorte que precisam de ser melhor preparados para merecerem sair do antro da fome e da pobreza.

 Ao admitirem-se funcionários públicos não se deve dar prioridade aos seus laços familiares ou ao partido de que é servidor, mas à sua capacidade de servir Portugal, acima de tudo, mesmo da sua vida e do seu próprio património. O exemplo mais notável da actualidade é o do Exmo Senhor Vice-Almirante Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia e Melo, cujo trabalho tem estado a ser elogiado por muita gente séria e respeitadora dos portugueses e ninguém lhe refere partido ou ideologia ou religião. O seu respeito pelos portugueses, o sentido da responsabilidade das funções que assumiu e o objectivo do seu trabalho têm sido a sua preocupação. Tem provado ser um Português de muito valor e com muito mérito para bem da Nação.

Antes de encerrar o texto, topei um escrito que refere um mal que pode advir da má conduta de um governante que desrespeita a principal norma da democracia, priorizando a sua religião, a sua ideologia, o seu partido e os seus familiares e amigos e, com isso, regressa a um regime feudal há muito posto fora de moda, transformando esta desejada democracia que foi bem intencionada.

 


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