Legislação laboral para o crescimento de Portugal?
(Publicado no semanário O Diabo em 27- 02-2018)
Fala-se de remodelações profundas na legislação laboral, mas tal problema parece estar a ser aproveitado para atritos no seio da geringonça, tendentes à valorização dos partidos mais pequenos face à posição do Governo. É curioso que não se evidenciam argumentos que mostrem vontade de criar benefício nas finanças e na economia nacionais e na posição de Portugal em relação aos outros países mais fracos da União Europeia.
É assumida a conveniência de o nosso País dever aproveitar inteligentemente a sua posição geográfica no centro do Ocidente entre as duas maiores potências económicas. Para isso, há que desenvolver a economia e aumentar as exportações, para o que devem ser atraídos investidores estrangeiros válidos que criem emprego e produzam para exportar.
Em dúvida, as máquinas de produção, apesar da evolução das tecnologias e inovações, ainda estão baseadas no trabalho, dando emprego a muitas pessoas com vontade de conseguirem boa qualidade de vida, de forma sustentável. Mas obsessão focada, cegamente, nas remunerações e nas condições do regime de trabalho, se for exagerada pode desencorajar investidores e gorar os desejos de desenvolvimento da nossa economia. Há que remodelar a legislação, mas sem perder de vista os interesses nacionais e sem desprezar totalmente as propostas da Concertação Social. Estas devem ser ponderadas com sensatez, por forma a melhorar a qualidade da vida dos trabalhadores e suas famílias e, ao mesmo tempo, estimular o investimento em empresas que contribuam para o melhor futuro de Portugal, isto é, dos cidadãos portugueses.
Reduzir a dívida, baixar o défice e tentar evitá-lo são também intenções que devem estar sempre presentes no pensamento dos governantes, como estão na mente de todos os portugueses medianamente informados. Mas nisso parece não se quererem comprometer os partidos que parecem mais interessados no seu sistema de financiamento e nas reformas de deputados e governantes, nos seus subsídios vitalícios e nas diversas formas de mordomias que desejam ver cada vez mais ampliadas, custe a quem custar. Para os «boys» não há falta de «emprego», com remuneração faraónica, mesmo que do seu «trabalho» não resulte algo para maior eficiência dos gabinetes e repartições a que são adicionados. Com efeito, dessa «mão de obra» não é visível resultado em projectos, planos e realizações das instituições em medidas tendentes a diminuir os riscos variados que ameaçam as populações ou aumentar a sua segurança física, social, de saúde, financeira, etc. Parece que quanto mais malta estiver sentada às secretárias menos (em proporção) são os efeitos práticos e valiosos para bem do País e que se reflitam na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Apenas aumentam a burocracia e as palavras vãs, fantasiosas sem correlação com a realidade.
Por exemplo, aproxima-se a época dos incêndios florestais. Já passaram cerca de oito meses sobre a tragédia de Pedrógão Grande e ainda não há notícias de medidas tomadas, e de alguma realização iniciada, para prevenir os fogos que se aproximam e para combater, com rapidez e eficácia, os que ocorrerem, apesar da boa prevenção que venha a ser efectivada.
É nas realidades desconfortantes que os partidos devem concentrar a sua atenção a fim de serem evitadas ou, no mínimo, reduzidas as suas proporções. E deixarem de se sentirem felizes com as guerras intestinas «do alecrim e da manjerona» que pretendem apenas obter benefícios na competição entre si para atraírem apoiantes obscurecidos, por propagandas falaciosas e pouco honestas. Tais discussões sobre as leis laborais destinam-se ao engrandecimento do País ou aos melhores resultados eleitorais do respectivo partido?
António João Soares
20 de Fevereiro de 2018
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
LEGISLAR PARA O CRESCIMENTO
Publicada por A. João Soares à(s) 20:01 0 comentários
Etiquetas: crescimento, legislar, trabalho
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
REGIONALISMO À FRENTE DO GLOBALISMO
Publicada por A. João Soares à(s) 16:46 0 comentários
Etiquetas: globalismo, regionalismo
sábado, 17 de fevereiro de 2018
DINHEIRO É DEMÓNIO COM MUITOS FANÁTICOS
Publicada por A. João Soares à(s) 09:48 2 comentários
Etiquetas: dinheiro
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
PERSPECTIVAS DE A VIOLÊNCIA DIMINUIR !!!
Perspectivas de a violência diminuir!
(Publicado no semanário O DIABO em 6 de Fevereiro de 2018)
Eisenhower, em Janeiro de 1961, alertou para o perigo que o complexo industrial militar representaria como elemento de pressão sobre governantes, por forma a manter as suas fábricas de armamento a funcionar. Ele, com a sua vasta experiência dos altos cargos que desempenhou, tinha a noção de que o negócio de armas pode conduzir a situações dramáticas. Mas os governantes em geral e os altos cargos militares comungam a debilidade de considerar as armas como a solução eficaz e definitiva para os grandes problemas internacionais, de que é muito citado o caso da segunda invasão do Iraque, em 20 de março de 2003, realizada com o pretexto de eliminar as armas nucleares que ali existiam e que depois não foram encontradas, mas que causou dramáticos resultados na população e no património histórico de importância incalculável e deu início a um conflito que ainda continua a fazer trágicos estragos.
Além de muitos casos, entre os quais, a controvérsia entre a Coreia do Norte e os EUA, a propósito de armas nucleares, o chefe do Estado-Maior da Defesa da Grã-Bretanha, Sir Nick Carter, pressiona o gabinete das Finanças para investir mais meios no departamento de Defesa, para evitar que o Reino Unido não venha a ser ultrapassado pela Rússia, que se está a tornar um inimigo muito poderoso.
Entretanto, surgem indícios de que os conflitos internacionais poderão passar a ser resolvidos com meios electomagnéticos, cibernéticos, que podem produzir efeitos nocivos na vida das pessoas mas não causam o pavor das armas de destruição maciça. Em 10 de Abril de 2016 um bombardeiro da frente russo Su-24 equipado com um o sistema de neutralização radioelectrónica de última geração paralisou no mar Negro, sem qualquer tiro convencional, o mais sofisticado sistema americano de combate Aegis instalado a bordo do destroier americano Donald Cook, armado com mísseis cruzeiro Tomahawk.
O destroier participava em manobras americano-romenas com missão de intimidar e de demonstrar força aos russos que estavam em acção na Ucrânia e na Crimeia.
O Donald Cook entrara em águas neutras do mar Negro, onde a entrada de navios militares americanos contraria a convenção sobre o caráter e os prazos de permanência no mar Negro de vasos de guerra dos países não banhados por este mar.
Por seu lado, Rússia enviou um avião Su-24 desarmado, mas equipado com um sistema russo de luta radioeletrónica de última geração para sobrevoar o destroier americano… O Aegis do destroier, ainda de longe, teria interceptado a aproximação do avião dando alerta de combate.
Tudo decorria normalmente, tendo os radares destroier calculado a distância até o alvo. Mas, de repente todos os telas se apagaram, o Aegis deixou de funcionar e os mísseis não receberam a indicação do alvo. Entretanto, o SU-24 sobrevoou a coberta do destroier, fez uma viragem de combate e imitou um ataque de mísseis. Depois fez uma volta e repetiu a manobra 12 vezes consecutivos. Perante a inacção do sistema, o navio teve de se deslocar em direcção à costa e depois à vista seguir para o porto mais próximo.
Isto é um sinal muito significativo de que a Rússia está a levar a cabo "uma guerra não convencional", desenvolvendo a possibilidade de danificar as ligações electromagnéticas. Quanto a guerras, este caso mostra que será vantajoso procurar solucionar conflitos com negociação, em vez de guerra e o mundo passar a ser mais harmonioso e pacífico. Mas, por outro lado, os meios da cibernética levantam outros perigos que exigem prevenção e formas de defesa adequadas, não só em guerra como na própria vida diária. E para essa evolução ou inovação, justifica-se o desejo de a Defesa britânica investir em novos equipamentos e formação de técnicos para não perder pontos na concorrência internacional.
António João Soares
30 de Janeiro de 2018
Publicada por A. João Soares à(s) 14:14 0 comentários
Etiquetas: electrónica, guerra, violência